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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

9ª Lição do 4º trimestre de 2013: O TEMPO PARA TODAS AS COISAS


Texto Básico: Eclesiastes 3:1-8

 
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do Céu” (Ec 3:1)

 



INTRODUÇÃO

A partir desta Aula estudaremos Lições para a nossa edificação espiritual e moral com base no Livro de Eclesiastes. O termo “Eclesiastes” vem da Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento), derivado de ekklesia, traduzido no Novo Testamento por “igreja”, “assembleia”.

O Livro de Eclesiastes foi incluído na Bíblia, pela inspiração do Espírito Santo, para mostrar que a busca da felicidade é vã, enquanto o homem estiver separado de Deus. Salomão foi colocado, como prova desta verdade bíblica - ele tinha tudo, do ponto de vista material, para ser o homem mais feliz da terra - porém, através do Livro de Eclesiastes ficamos sabendo que ele era, na verdade, o mais miserável e infeliz dentre os homens, de seu tempo. Sem Deus, nada, absolutamente nada, poderá preencher o vazio existente no coração do homem. A mensagem de Eclesiastes não é para que ignoremos a vida, mas que busquemos estratégias para viver melhor.

I. ECLESIASTES, O LIVRO E A MENSAGEM

1. Datação do livro. Alguns eruditos modernos têm argumentado que o gênero filosófico do livro e suas muitas palavras distintas apontam para uma data pós-exílica. Entretanto, os argumentos linguísticos têm sido todos satisfatoriamente respondidos por eruditos conservadores, e uma data preexílica é totalmente justificada. É provável que o livro tenha sido composto próximo ao final do reinado de Salomão, talvez em sua última década (940-930 a.C.).(1)

2. Conhecendo o Pregador. “Palavras do pregador, filho de Davi, rei de Jerusalém” (1:1). Há um consenso de que Salomão foi o autor deste Livro. Eclesiastes seria o Livro das experiências de Salomão. Estas experiências teriam sido vividas no tempo em que Salomão esteve fora dos caminhos do Senhor. Salomão tinha começado bem - “E Salomão, filho de Davi, se esforçou no seu reino, e o Senhor seu Deus era com ele, e o magnificou grandemente (2Cr 1:1). Porém, ele não deu ouvido à Palavra de Deus, que ao estabelecer mandamentos para os reis, em relação às mulheres, determinara - “Tão pouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie...” (Dt 17:17). Mas, Salomão multiplicou - “E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas... e suas mulheres lhe perverteram o seu coração... e o seu coração não era perfeito para com o Senhor seu Deus” (1Reis 11:1-13). Influenciado pelas suas mulheres, Salomão entregou-se, também, à idolatria - “um abismo chama outro abismo...” (Salmo 42: 7) - “Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão, porquanto desviara o seu coração do Senhor Deus de Israel...” (1Reis 11: 9). Não se sabe por quanto tempo Salomão esteve “desviado”, porém, acredita-se ter voltado para o Senhor, já no final de sua vida, quando então teria escrito o Livro de Eclesiastes, relatando suas experiências. Após relatar suas desastrosas experiências vividas longe de Deus, Salomão conclui: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem” (Ec 12:13).

Nem mesmo a enorme sabedoria que era peculiar a Salomão o livrou da insensatez, quando desprezou o bom senso em benefício da satisfação própria (1Rs 11:1-12; Dt 17:14-20). Depois de muito tropeçar, caiu em si e se empenhou em mostrar aos seus contemporâneos, e a nós, que a vida não tem nada a oferecer de permanente e bom a não ser que façamos de Deus o propósito dela.

Salomão nos mostra que a busca da realização mediante o esforço próprio gera mais desilusão do que satisfação. Cedo ou tarde percebe-se que tudo não passa de total futilidade ou “vaidade de vaidades”. A palavra “vaidade” tem como significado básico “fôlego” ou “vapor”. Denota “ausência de substância”. É o mesmo termo usado por Jó para dizer que “a vida é como um sopro” (Jó 7:7-9). Assim, se o prazer da vida está naquilo que se realiza, que se vê ou que se experimenta, a nossa existência perde o sentido, pois tudo é passageiro e logo se evapora.


II. DISCERNINDO OS TEMPOS

1. A transitoriedade da vida. “Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece” (Ec 1:4). O livro de Eclesiastes é lido na Festa dos Tabernáculos, precisamente porque nos fala da transitoriedade da vida humana, que é um dos aspectos ressaltados nesta festa, que lembra aos israelitas que eles foram peregrinos na terra do Egito e, num sentido mais profundo, que são peregrinos neste mundo.

Tiago foi enfático com relação a esse tema: “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece” (Tg 4:14). Sendo a vida tão curta, “que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?” (Ec 1:3). Este era o dilema que Salomão procurava responder. O ser humano se desgasta como um moinho que gira continuamente e não chega a lugar nenhum. Se perguntar às pessoas por que trabalham tanto, provavelmente responderão: “para ganhar dinheiro, é claro!”. Mas ganhar dinheiro para quê? Para comprar alimentos. E por que comer? Para ter forças. E ter forças para quê? “Para trabalhar e ganhar dinheiro”. E assim o círculo se fecha infinitamenteO homem vive em desespero silencioso.

Ao ver uma mulher chorar em um ponto de ônibus, um cristão perguntou se poderia ajudar, e ela respondeu: “estou tão cansada e enfastiada. Meu marido trabalha muito, mas não ganha tanto quanto eu gostaria. Por isso, arranjei um emprego para mim. Levanto cedo todo dia, preparo o café da manhã para as crianças e depois pego o ônibus para o trabalho. Mais tarde, volto para casa cansada, durmo algumas horas e recomeço tudo outra vez no dia seguinte. Estou cheia dessa rotina interminável”.

Jesus promete vida abundante e permanente. Disse Jesus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Em que consiste essa abundância? Muitos cristãos interpretam como sendo 'qualidade de vida' econômica e social. Porém, esquecem que o reino de Deus não é comida nem bebida - “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17). Se a “vida abundante” refere-se às questões de ordem econômica e social, jamais Cristo alertaria para que os seus ouvintes não se inquietassem pelo dia de amanha - "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?" (Mt 6:31) -, pois a vida do ser humano não consiste nas riquezas - "E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lc 12:15).

Por certo, essa “vida abundante” que Jesus promete não se refere às condições existenciais do homem, pois todos têm uma expectativa de viver até os setenta anos, sendo que o que disso passar é canseira e enfado. Além disto, o homem comerá do suor do seu rosto, o que implica em enfado e cansaço - "Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando" (Sl 90:10).

Certamente, a “vida abundante” que Jesus prometeu refere-se ao que o reino de Deus proporciona: “justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17), pois em tudo os cristãos foram enriquecidos: “... em toda a palavra e em todo o conhecimento” (1Co 1:5); “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo” (Cl 2:2). O apóstolo Paulo enfatiza que os cristãos são abençoados com todas as bênçãos espirituais - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef 1:3). E o salmista diz que nada tem falta os que O temem - "Temei ao SENHOR, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem" (Sl 34:9).

Com absoluta certeza, a “vida abundante” que Jesus prometeu é a vida eterna, ela sim é abundante – “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna”(1João 2:25).

2. A eternidade de Deus. “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o fim” (Ec 3:11). Deus pôs a eternidade na mente do ser humano. Embora vivam em um universo preso ao tempo, as pessoas têm intuições a respeito da eternidade. Quando pensamos em eternidade, institivamente entendemos como algo que dura para sempre e, conquanto não possamos entender completamente esse conceito, percebemos que, além desta vida, existe a possibilidade de viver sem se preocupar com a passagem do tempo.

O conceito de eternidade é necessário para dar significado ao sentido da vida. Por quê? Porque o Deus que nos criou é conhecido como “O Eterno”. E qualquer princípio de doutrina cristã que negligencie a ideia de eternidade descaracteriza a essência do que expõe.

Somos obrigados a acreditar que Deus não nos criou para sermos joguetes num mundo passageiro. Não somos existencialistas. A vida não termina com a morte. O fim da circulação sanguínea e a ausência total de respiração não decretam o fim de tudo. A eternidade de Deus nos convence de que a fé em Jesus Cristo, que é o Pai da Eternidade (Is 9:6), é uma realidade que não podemos ignorar. A vida eterna, que é uma qualidade e não somente uma quantidade de vida, foi o que Jesus mais prometeu durante Seu ministério terreno. Crer em Jesus significa ter a vida eterna (João 3:36; 17:3).


III. O TEMPO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

1. Na família. Na vida fugaz, Salomão tem uma palavra para as relações interpessoais no convívio familiar: “Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com bom coração o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras. Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeçaGoza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida da tua vaidade; os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida e do teu trabalho que tu fizeste debaixo do sol” (Ec 9:7-9). Aqui, Salomão recomendou que todos desfrutem a vida como um dom de Deus. Ele pode ter criticado os que buscam acumular riquezas, principalmente aqueles que se embaraçam em competição insana. É como se Salomão perguntasse: “Afinal, qual é a sua verdadeira riqueza?”. Pelo fato de o futuro ser tão incerto, devemos desfrutar as dádivas de Deus enquanto podemos! Tanto quanto possível, as alegrias do relacionamento familiar devem ser aproveitadas em sua plenitude. Se a vida é vazia de significado, o melhor é tirar o máximo proveito. Logo, desfrute cada dia, pois isso é tudo o que receberá como recompensa por seu trabalho e por suas fadigas.

2. No trabalho.  Trabalho não é maldição, mesmo que tenha se tornado mais penoso devido à queda (Gn 3:17-19). Antes do pecado, Deus já havia abençoado o homem com um ofício digno (Gn 2:15). E, já que Deus ordenou que labutássemos seis dias e O adorássemos no sétimo, podemos concluir que o ato de trabalhar se harmoniza com o ato de adorar (Ex 20:9,10). Por outro lado, é bom lembrarmos que o homem nada poderá levar do seu trabalho após a morte – “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão” (Ec 5:15).

IV. ADMINISTRANDO BEM O TEMPO

1. Evitando a falsa sabedoria e o hedonismo. Salomão buscou resposta para seu dilema por meio da razão e do conhecimento. Dedicou-se aos estudos, ao conhecimento intelectual (Ec 12:12). Estudou biologia e botânica, e escreveu cerca de três mil provérbios (1Rs 4:29-34). Depois de tanto estudar, descobriu que todos os conhecimentos não bastam, quando não há temor e obediência a Deus (Ec 12:13). Quanto mais sabemos, mais nos conscientizamos da continuidade de nossos erros; quanto mais se sabe, mais se sofre (Ec 1:17,18).

Outro fator que se deve considerar é que a busca por prazer, por si só, configura uma prática hedonista e contrária a Deus (Ec 2:1-3). Salomão tinha a seu dispor tudo o que alguém possa desejar e imaginar como garantia de felicidade e sucesso. Será verdade que os fins justificam os meios? Foi por pensar assim que o mais sábio caiu na maior estultícia (Ec 2:3,8; cf. 1Rs 11:1-8).

- Salomão entendeu que a melhor coisa que existe é festejar. Investiu boa parte do tempo e patrimônio correndo atrás de prazeres carnais, até descobrir quão passageiro são e quanta ilusão e insatisfação trazem ao coração.

- Abusando ainda de sua autoridade, Salomão conquistou muitas mulheres, casou-se 700 vezes e teve 300 amantes (1Rs 11:1-8). Toda essa ostentação e hedonismo, além de não lhe trazerem o prazer desejado, ainda o conduziram aos caminhos da tolice, deteriorando seu relacionamento com Deus.

- “Vaidade de vaidades! Diz o pregador, vaidades de vaidade! É tudo vaidade” (Ec 1:2). Esta foi uma das conclusões de Salomão: que uma vida baseada em coisas terrenas, na busca de prazeres passageiros, será uma vida vazia, infeliz. Ele tinha tudo o que um homem natural gostaria de ter: era jovem, era rico, era rei. Porém, quando lhe faltou a presença de Deus, então ele sentiu um imenso vazio no seu coração. Procurou preencher esse vazio com “as coisas terrenas” e experimentou uma profunda frustração, por isso declarou: “tudo é vaidade”.

Não há pecado em querer se divertir, pois necessitamos tanto do prazer, da diversão e do riso, quanto do conhecimento, mas tanto um como o outro devem ser dirigidos pelos limites da Palavra de Deus.

2. Evitando a falsa prosperidade e o ativismo. Em Eclesiastes 2:4-11, Salomão descontrói a ilusão daqueles que buscam, nos bens materiais, a razão fundamental para a vida. Disse ele:

4. Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas.

5. Fiz para mim hortas e jardins e plantei neles árvores de toda espécie de fruto.

6. Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.

7. Adquiri servos e servas e tive servos nascidos em casa; também tive grande possessão de vacas e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém.

8. Amontoei também para mim prata, e ouro, e joias de reis e das províncias; provi-me de cantores, e de cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, e de instrumentos de música de toda sorte.

9. E engrandeci-me e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim, em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria.

10. E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhos neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho.

11. E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum havia debaixo do sol.

A falsa prosperidade leva o homem a correr desenfreadamente para acumular riquezas, alcançar elevadas posições na sociedade e obter notoriedade e fama. Muitos, quando não estão debruçados nos estudos nem entregues aos prazeres, quase sempre estão mergulhados no trabalho, empenhando-se para alcançar o sucesso. Salomão, também, agiu dessa maneira. Por isso, pensou: “Quem sabe se eu me dedicar mais ao trabalho, encontrarei razão para viver!”.

Salomão (2):

- Dedicou-se a construir mansões, palácios, pomares, açudes... e até mesmo um luxuoso Templo dedicado ao Senhor, mas seu coração continuou vazio.

- Pensou que criar emprego traria sentido à sua existência, tornando-se um grande empresário. Chegou a administrar cento e cinquenta e três mil e seiscentos trabalhadores (2Cr 2:1,2), mas ainda assim parecia estar correndo atrás do vento.

- Achou que o acúmulo de riquezas lhe traria felicidade, entesourando prata, ouro, objetos de arte, imóveis e tudo mais que o dinheiro e o poder podem comprar, mas sua alma continuou insatisfeita.

Depois de muito trabalhar, chegou à conclusão de que todo aquele empreendedorismo e acúmulo de riquezas eram destituídos de sentido e de valor permanente. Disse ele: “E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e que proveito nenhum havia debaixo do sol” (Ec 2:11).

Quais caminhos você tem percorrido? Porventura tens corrido atrás do vento? Como Salomão, entenda que todo esforço só faz sentido quando Deus está participando do processo. Pense nisso!

CONCLUSÃO

As pessoas verdadeiramente sábias sabem que todo o seu “tempo” está nas mãos de Deus (Sl 31:15) e que há um tempo apropriado para cada atividade humana. A vida só faz sentido quando Deus faz parte dela (Ec 2:24,25). Toda luta e todo esforço valem a pena quando colocamos Deus em primeiro lugar. Todavia, somos cônscios de que a vida é muito curta. Por isso, “devemos saber usar bem o nosso tempo, seja buscando o conhecimento, seja desfrutando da companhia de nossos familiares e, principalmente, servindo ao Senhor”.

Fonte: wbdweb

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

8ª Lição do 4º trImestre de 2013: A MULHER VIRTUOSA

Texto Básico: Provérbios 31:10-21,23-29
24/11/2013

"Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubins" (Pv 31.10).


Texto Básico: Provérbios 31:10-21,23-29
24/11/2013

"Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubins" (Pv 31.10).

INTRODUÇÃO

          O Capítulo 31 de Provérbios é como que uma homenagem à mulher virtuosa. Ele contém um acróstico do alfabeto hebraico. Do versículo 10 a 31, cada versículo começa com uma letra do alfabeto Hebraico. Este Capítulo se tornou necessário visto que a mulher apareceu muitas vezes no Livro como um instrumento pecaminoso, contra quem, especialmente os jovens, foram advertidos a não caírem nos seus laços. O Livro falou de “mulher insensata”, da “mulher perversa”, da “mulher rixosa”, da “mulher imoral”, porém, no fim apresenta a mulher virtuosa, aquela que teme ao Senhor - “... mas a mulher que teme ao Senhor essa será louvada”(Pv 31:30).
O que é ser uma mulher virtuosa? Será que é aquela que vive para o lar e não trabalha fora e que tem sempre uma atitude servil? Por muitos séculos a mulher foi excluída, colocada à margem da sociedade, vivendo sob o jugo do preconceito, da indiferença. No Antigo Testamento, as mulheres ficavam à parte quando havia visitantes (Gn 18:9). Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, "na sociedade hebraica a mulher era considerada parte da propriedade de um homem" (Gn 31:14,15; Rt 4:5,10). O texto de Juízes 19:24 mostra um pouco do abuso e da violência a que as mulheres eram submetidas (Jz 19:24,29). No Novo Testamento, no Templo de Herodes, elas ficavam separadas em um local chamado de "pátio das mulheres". Porém, o Criador sempre amou e honrou as mulheres. Jesus Cristo quebrou vários paradigmas ao ensinar e evangelizar as mulheres (João 4:10-26; 11:20-27). Ele abriu as portas das prisões sociais e valorizou a mulher como ninguém nunca o fez ou fará (Is 61:1) - "Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gl 3:28).

I. A MULHER VIRTUOSA COMO ESPOSA

1. Tem a confiança e o respeito do marido. A Bíblia diz que a primeira característica da mulher virtuosa é exatamente a confiança e credibilidade que tem junto ao seu marido (Pv 31:11), que é o pressuposto para que realize tudo aquilo que está descrito naquele texto. Se a mulher não tivesse a credibilidade do marido, poderia administrar a casa, como ali é descrito? Poderia comprar e vender? Produzir e conservar a sua residência? Muitas mulheres não despertam confiança em seus maridos e, por isso, não têm esta liberdade que tinha a mulher virtuosa, inclusive no aspecto econômico-financeiro.
Um dos compromissos assumidos no casamento é a fidelidade conjugal. É, sem dúvida, um dos maiores pilares de sustentação do casamento. Segundo o pastor Elinaldo Renovato, a segurança espiritual e emocional do casal depende da fidelidade que cada um devota ao outro. Sem fidelidade, o casamento desaba. As estruturas do casamento não são preparadas para suportar a infidelidade. Esta tem efeito devastador no matrimônio, no lar e na família. Mas, infelizmente, nestes últimos dias da Igreja, Satanás tem se utilizado desta arma contra o casamento. “Ninguém é de ninguém”, costuma-se dizer e se propaga a tolerância e a admissão de “aventuras extraconjugais” por parte de marido e mulher, chegando mesmo a se dizer que tal comportamento reforça a “sexualidade” e o “afeto” entre os cônjuges. Mentiras satânicas que têm por objetivo tão somente a disseminação da impureza sexual. A Bíblia é bem clara a este respeito: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus” (1Co 6:10) e, ainda, “aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb 13:4b). Por fim, “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Ap 22:15). Em outras palavras, quem preterir a fidelidade conjugal, caminhará para a perdição eterna.
2. Tem a admiração e o reconhecimento do marido. “A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos”(Pv 12:4). Uma mulher virtuosa é uma mulher nobre, graciosa, diligente e amorosa. Ela agrada e honra o seu marido fielmente. Ele é grato e se regozija na bondade de Deus para com ele através dela. Mas uma mulher odiosa envergonha o seu marido, e lentamente o mata de dentro para fora pela sua estupidez, egoísmo, teimosia ou infidelidade. A “coroa” citada no texto é simplesmente uma metáfora. Uma coroa honra a pessoa. Reis recebem coroas pela honra do seu ofício, e atletas são coroados para honrar as suas realizações esportivas. Uma grande mulher honra o seu marido pelo prazer e pela admiração que ela traz para ele, e ela coroa a autoridade dele através da sua submissão e pelo que ela exige dos seus filhos. A coroa é uma bela peça de jóias e a mulher virtuosa é assim, também, para com o seu marido!

II. A MULHER VIRTUOSA COMO MÃE

1. É educadora. “Toda mulher sábia edifica sua casa, mas a tola derruba-a com a suas mãos”(Pv 14:1). A mulher sábia é a “mulher virtuosa” de que fala provérbios 31:10. Ela tem capacidade de edificar a sua casa, como adjutora do seu esposo, ao lado dos filhos. A primeira e grande tarefa que a esposa tem como adjutora, na edificação do lar é na criação dos filhos ao lado do marido. Isso não é pouca coisa. Diz um provérbio: “Quem educa um homem, educa uma esposa. Quem educa uma mulher, educa uma nação”. Explicando: Uma mãe, quando cônscia do seu dever, contribui com parcela ponderável de sua vida na edificação moral e espiritual dos seus filhos que, no futuro, serão cidadãos úteis à nação.
2. É afetuosa.  Em Provérbios 31:28 está escrito: “Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada...”. Este texto nos induz a entender que, como mãe, esta mulher virtuosa tratava a sua família com bastante afeto e atenção. Como diz o pr. José Gonçalves, afeto gera afeto! Atualmente, afeto é um “produto” em extinção; quando isto é manifestado faz-se à distância, por meios virtuais(facebook, por exemplo), e outros não demonstram carinho algum pelos seus filhos, são brutos e egoístas; o indiferentismo é implacável! Como será o futuro das famílias daqui a 15 anos? Nem quero imaginar! É bom ressaltar que uma das grandes causas da delinquência juvenil pode ser encontrada na ausência de afetividade na infância por parte dos seus pais.

III. A MULHER VIRTUOSA COMO TRABALHADORA

Uma das características da mulher virtuosa é o fato de não ser preguiçosa, mas trabalhadora – “Busca lã e linho e trabalha de boa vontade com as suas mãos”(Pv.31:13). Sabemos que a ida da mulher ao mercado de trabalho não é uma opção pessoal e voluntária, na maior parte das vezes, mas é consequência dos baixos salários, do crescente desemprego e uma decisão de sobrevivência. No entanto, mesmo quando for inevitável esta solução, que implicará em prejuízos inafastáveis na educação e criação dos filhos, tudo deve ser feito de modo a reduzir, ao máximo, os malefícios e o critério a ser utilizado deverá ser, sempre, o da busca do realmente necessário e fundamental para a família, não se deixando levar pelas quimeras da suntuosidade, do luxo ou da manutenção de um “status” social totalmente incompatível com a realidade do cotidiano familiar. Se a família se orientar pelos valores consumistas, fatalmente estará fadada a amar o dinheiro e, a partir deste amor ao dinheiro, trará para si enormes dores e dificuldades (2Tm 6:8-10).
1. É dona de casa. “Ainda de noite, se levanta e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas”(Pv 31:15); “Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça” (Pv 31:27). Aqui, a mulher virtuosa ama administrar sua casa. É fundamental que a mulher execute as tarefas que lhes são cometidas dentro do lar, entre os quais, destacam-se a provisão da alimentação e das demais necessidades. O modelo tradicional de família, já hoje quase inexistente, cometia ao marido o trabalho fora de casa, e à mulher o trabalho dentro de casa. Hoje em dia, em virtude da necessidade de ambos os cônjuges trabalharem, para que haja o mínimo de conforto na vida da família, é preciso que haja uma distribuição de tarefas entre os cônjuges, o que não é biblicamente condenado, como alguns “machistas” têm entendido. De qualquer modo, o controle das tarefas dentro de casa tem de ser da mulher, pois, como dizem as Escrituras, a mulher virtuosa “ainda de noite se levanta, e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas” (Pv 31:15). É imperioso que a mulher tenha sob seu controle estas atividades domésticas, pois isto faz parte da sua sensibilidade e intuição e é fundamental para que o marido possa bem desempenhar as suas atividades, bem assim os filhos. A imagem social do marido está vinculada a isto (Pv 31:23), bem assim o da própria mulher (Pv 31:28,29).
2. É empreendedora. Algumas pessoas pensam que a mulher ideal é aquele que vive no lar e tem uma atitude bastante abnegada e servil. Mas a mulher descrita no capítulo 31 de Provérbios é uma mulher que está à frente do seu tempo; ela é vista como alguém que cuida bem da casa, do marido e dos filhos, mas ela é também uma mulher de negócios, uma empreendedora; além de ser uma excelente dona de casa, esposa e mãe zelosa, fabrica, importa e vende produtos, faz tapetes e confecciona roupas para sua família, gerencia seus recursos financeiros, compra e vende imóveis, planta e colhe sua lavoura (Pv 31:10-31). A mulher virtuosa é descrita como alguém que tem excelentes habilidades, e que é sábia. Sem sabedoria não há virtudes. Porém, sua força e dignidade não vêm de suas surpreendentes realizações, são o resultado de sua reverência a Deus.

IV. A MULHER VIRTUOSA COMO SERVA DE DEUS

1. Dá um bom testemunho. “Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas” (Pv 31:28,29). Os filhos percebem a maravilhosa mãe que têm e lhe chamam ditosa. Também o marido a louva como dádiva de Deus, dizendo: “Há muitas esposas excelentes neste mundo, mas tu a todas sobrepujas”. Que as mulheres que temem ao Senhor busquem a sabedoria divina para que possam viver de modo que os filhos e toda a sua casa possam dizer: bem-aventurada!
2. É temente a Deus. “... mas a mulher que teme ao Senhor essa será louvada (Pv 31:30).Em Pv 31:28, a mulher virtuosa é chamada de “ditosa” tanto por seus filhos e por seu marido. E por que seus familiares a chamam assim?  Porque ela teme ao Senhor e, por isso, pratica obras sublimes (Pv 31:29-31). De fato, algumas mulheres são graciosas, porém não tem sabedoria; são formosas, porém insensíveis; mas a mulher que tem ao Senhor será reconhecida publicamente por sua diligência, seu caráter nobre e suas surpreendentes realizações. Poderia haver melhor final para o livro de Provérbios senão essa assertiva?

CONCLUSÃO

A mulher descrita em Provérbios 31:10-31 tem habilidades excelentes. A posição social de sua família é elevada. Isso pode indicar que se trata não de uma mulher, mas de um ideal de mulher. Assim, não convém aos homens imaginar que conseguirão uma esposa com todos esses atributos, nem às mulheres tentar imitar esse modelo em todos os detalhes; seus dias não são suficientemente longos para fazer todas as atividades dela! Veja-a como uma inspiração para você ser tudo o que puder ser. Talvez não possa ser como ela, mas pode aprender com seu trabalho, integridade e desenvoltura (Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal).

Fonte: ebdweb

domingo, 17 de novembro de 2013

ALUNOS DE TEOLOGIA DO POLO DE VIÇOSA CONCLUEM MAIS UMA DISCIPLINA

          
Nesta manhã de domingo(17), os alunos do polo extensivo da  FAFITEAL – Faculdade de Filosofia e Teologia  de Alagoas localizado em Viçosa concluíram a disciplina Eclesiologia que compõe a grade curricular  do curso básico teológico  dessa Unidade de Ensino. Grande parte dessa turma já concluiu, tão somente esperando os demais para a colação de grau previsto para o próximo ano.

        O polo vem desenvolvendo as suas atividades desde 2007 e já formou mais de cinquenta alunos desde sua fundação. Os alunos da região da Zona da Mata não tem medido  esforços na busca do conhecimento. Alunos das cidades de Cajueiro, Capela, Chã Preta, Mar Vermelho, Paulo Jacinto concluíram e outros estão concluindo o edificante curso.  

      Após a realização da avaliação, alguns alunos deram seus depoimentos acerca dos benefícios adquiridos no decorrer das explanações dos conteúdos.
Para a aluna Maria de Lourdes ( Chã Preta), o curso tem proporcionado conhecimento, edificação para sua fé e crescimento espiritual dentro de um contexto totalmente bíblico.

       O aluno Ronaldo (Capela) tem demonstrado um grande interesse no que se refere o conhecimento teológico. Segundo o irmão Ronaldo o curso é um sonho que estar sendo realizado na sua vida. O aluno ressaltou que o conhecimento adquirido é a razão para sua fé sendo edificante para toda a sua vida.

          A jovem Wellysama - secretária do polo,  disse que estudo da teologia oferece ao cristão conhecimento e edificação, fortalecimento para a caminhada com Deus.



Por Efigênio Hortêncio









segunda-feira, 11 de novembro de 2013

7ª Lição do 4º trimestre de 2013: CONTRAPONDO A ARROGÂNCIA COM A HUMILDADE


“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16:18)


INTRODUÇÃO



Segundo o dicionário Aurélio, arrogância é “orgulho que se manifesta por atitudes altivas e desdenhosas; soberba”. A arrogância do homem, que o levam a se achar poderoso e a querer a glória para si, ao invés de reconhecer a onipotência de Deus e a glória que só a Ele é devida, tem sido a principal causa de derrota e fracasso na vida de tantas pessoas. A soberba transformou um anjo de luz em demônio. Por causa da soberba, Deus expulsou Lúcifer do Céu. Deus resiste aos soberbos. Ele declara guerra aos orgulhosos e humilha os altivos de coração.


O Rev. Hernandes Dias Lopes diz que a soberba é a porta de entrada do fracasso e a sala de espera da ruína. O orgulho leva a pessoa à destruição, e a vaidade a faz cair na desgraça. Na verdade, o orgulho vem antes da destruição, e o espírito altivo, antes da queda. Nabucodonosor foi retirado do trono e colocado no meio dos animais por causa da sua soberba(cf. Dn 4:30-37). O rei Herodes Antipas I morreu comido de vermes porque ensoberbeceu seu coração em vez de dar glória a Deus (At 12:21-23). O reino de Deus pertence aos humildes de espírito, e não aos orgulhosos de coração.


Esse terrível mal também tem grassado igrejas locais. A Bíblia registra um exemplo: a igreja de Laodicéia. Esta igreja, a começar do seu líder, enchia o peito e dizia para todos, com evidente e louca arrogância: “Rico sou e de nada tenho falta” (Ap 3:17). Ora, é nesta tola manifestação de arrogância que se verifica a fraqueza espiritual. Ao dizer que não precisava de coisa alguma, aqueles crentes mostravam o seu estado de “mornidão espiritual”, pois só temos força espiritual quando reconhecemos a nossa insignificância, a nossa pequenez, o nosso nada diante de Deus. A autoglorificação é desprezível. A igreja de Laodicéia exaltou-se dando nota máxima a si mesma em todas as áreas. Mas Cristo a reprovou em todos os itens. A Bíblia diz: ”Louve-te o estranho, e não a tua boca; o estrangeiro, e não os teus lábios”(Pv 27:2). Deus detesta o louvor próprio. Jesus explicou essa verdade na parábola do fariseu e do publicano. Aquele que se exaltou foi humilhado, mas o que se humilhou, desceu para sua casa justificado.


No contexto do livro de Provérbios, os termos contrastantes “humildade” e “arrogância” ocorrem com muita frequência. Mas, um fato a se observar é que eles ocorrem sempre dentro do contexto das interações humanas. Dessa forma para se conhecer quem é o sábio, o autor de Provérbios põe no cenário, como figura contrastante, o insensato; da mesma forma o injusto será contrastado com o justo; o rico com o pobre; o escravo com o príncipe. Vejamos a seguir.


I. O SÁBIO VERSUS O INSENSATO



Em Provérbios 11:2, lemos: “Em vindo a soberba, sobrevêm a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”. O Rev. Hernandes Dias Lopes comentando este versículo diz que um individuo soberbo é aquele que deseja ser mais do que é e ainda se coloca acima dos outros para humilhá-los e envergonhá-los. O soberbo é aquele que superdimensiona a própria imagem e diminui o valor dos outros. É o narcisista que, ao se olhar no espelho, dá nota máxima e aplaude a si mesmo, ao mesmo tempo que endereça suas vaias aos que estão à sua volta. É por isso que o sábio diz que, em vindo a soberba, sobrevém a desonra. A soberba é a sala de espera da desonra. É o corredor do vexame. É a porta de entrada da vergonha e da humilhação. A Bíblia diz que Deus resiste ao soberbo (Tg 4:6), declarando guerra contra ele. Por outro lado, com os humildes está a sabedoria. O humilde é aquele que dá a glória devida a Deus e trata o próximo com honra. A humildade é o palácio onde mora a sabedoria. Os humildes são aqueles que se prostram diante de Deus, reconhecendo seus pecados e nada reivindicando para si mesmos; no entanto, são estes também que, em tempo oportuno, Deus exaltará. A Palavra de Deus é categórica em dizer que Deus humilha os soberbos, mas exalta os humildes. O reino de Deus pertence não aos soberbos, mas aos humildes de espírito 1.


Em seu comentário do Livro de Provérbios, Warren W. Wiersbe destaca: “Vários teólogos acreditam que o orgulho é o “pecado dos pecados”, pois foi o orgulho que transformou um anjo no Diabo (Is 14:12-15). As palavras de Lúcifer “serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14:14), foram um desafio ao próprio trono de Deus e, no jardim do Éden, transformaram-se na declaração “como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:5). Eva acreditou nessas palavras, e o restante da história é conhecido. “Glória ao homem nas maiores alturas”, esse é o grito de guerra da humanidade orgulhosa e ímpia que continua desafiando Deus e tentando construir o céu na terra (Pv 11:1-9; Ap 18). “Quanto ao soberbo e presumido, zombador é o seu nome; procede com indignação e arrogância” (Pv 21:24). “Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade” (Pv 18:12, ARA; ver 29:23). Deus aborrece “olhos altivos” (Pv 6:16,17) e promete destruir “a casa dos soberbos” (Pv 15:25). Quase todo cristão sabe Provérbios 16:18 de cor, mas nem todos nós atentamos para o que esse versículo diz: “A soberba precede a ruína, e altivez do espírito precede a queda”. 3


 

II. O JUSTO VERSUS O INJUSTO



 


No livro de Provérbios a humildade é característica de uma pessoa sensata, modesta e mansa e por isso sabe que a justiça é de origem divina (Pv 29:26); que ela exalta as nações (Pv 14:34); livra da morte (Pv 10:2); guarda o que anda em integridade (Pv 13:6); é amada por Deus (Pv 15:9) e por isso deve ser exercitada (Pv 21:3).


Antônio Neves de Mesquita, comentando Provérbios 14:34, destaca: O pecado é o opróbrio dos povos. O pecado, sempre o pecado, que cria o invejoso, o prepotente, o opressor e toda essa coorte de sinistros elementos que infelicitam a vida. A falta de justiça na terra também resulta do pecado. Todo o mal é produto ou subproduto do pecado na vida.  Só a Justiça é capaz de dar aos povos a paz e harmonia que desejam, e essa justiça só pode vir do uso e prática da Bíblia. Fora dela não há justiça possível, nos termos em que a mesma Bíblia compreende 2.


As nações em cujo berço estava a verdade e que beberam o leite da piedade, essas cresceram fortes, ricas, bem-aventuradas e tornaram-se protagonistas das grandes transformações sociais. Tais nações sempre estiveram na vanguarda e lideraram o mundo na corrida rumo ao progresso. A justiça não pode ser apenas um verbete nos dicionários; deve ser uma prática presente nos palácios, nas cortes, nas casas legislativas, nas universidades, na indústria, no comércio, na família e na igreja. (4)


III. O RICO VERSUS O POBRE


A riqueza passa a ser estimada pelo próprio Deus quando atende aos seus propósitos: “O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado honra-o” (Pv 14:31). Nesse aspecto, riqueza e humildade podem até mesmo andarem juntas: “O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, e honra, e vida” (Pv 22:4).


Concordo com o Rev. Hernandes Dias Lopes quando diz que um dos atributos de Deus é a justiça. Ele é justo em todas as suas obras. Deus abomina toda forma de injustiça. Ele julga a causa dos pobres e oprimidos. Quem oprime ao pobre, por ser ele fraco, sem vez e sem voz, insulta a Deus. Quem torce a lei para levar vantagem sobre o pobre conspira contra o Criador. Quem corrompe os tribunais, subornando juízes e testemunhas para prevalecer sobre o pobre em juízo, entra numa batalha contra o próprio Deus onipotente. Insultar a Deus, porém, é uma insanidade consumada, pois ninguém pode lutar contra o Senhor e prevalecer. Por outro lado, quem socorre o necessitado agrada o coração de Deus. Aquilo que fazemos para os pobres, fazemos para o próprio Senhor.


Quem dá aos pobres empresta a Deus. A alma generosa prosperará. Deus multiplica a sementeira daqueles que semeiam a bondade na vida do próximo. Tanto o pobre como o rico foram criados por Deus – “O rico e o pobre se encontraram; a todos os fez o SENHOR” (Pv 22:2). Ele ama a ambos. Os ricos devem manifestar a generosidade de Deus aos pobres, e estes devem agradecer a Deus a bondade dos ricos. Aqueles que oprimem ao pobre, mesmo que acumulem riquezas, não desfrutarão de seus tesouros. Aqueles, porém, que socorrem o necessitado, mesmo que desprovidos dos tesouros da terra, possuirão as riquezas do Céu(5).


O apóstolo Paulo ensinou a igreja de Corinto nos seguintes termos: “Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem e não segundo o que não tem. Mas não digo isso para que os outros tenham alívio, e vós, opressão; mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade, como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos” (2Co 8:11-15).


IV. O PRÍNCIPE VERSUS O ESCRAVO


Em seu Comentário Devocional da Bíblia, o expositor bíblico Lawrence O. Richard, discorre sobre o sentido de Provérbios 31.1-9:


Esses versículos de conselho, dados por um rei que escrevia sob o pseudônimo de Lemuel, revelam uma visão elevada da responsabilidade real. O rei é servo do seu povo, e deve proteger os oprimidos e julgar com justiça. A indulgência pessoal “não é própria dos reis”. Eles devem despender a sua força e o seu vigor servindo ao seu povo, não procurando mulheres ou embriagando-se.


Essas palavras de uma mãe nos lembram de que devemos considerar toda autoridade no contexto da servidão. O homem, que é a “cabeça da casa”, como o rei desses versículos, não deve usar a sua autoridade para explorar ou “dominar” a sua esposa, mas para servir tanto a ela, como aos filhos que tiver com ela.


Dessa forma, através da sabedoria o rei justo deveria promover o bem-estar social - “O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna” (Pv 29.4, ARA). Quando esse governante não teme a Deus, mas age de forma perversa e arrogante o povo logo sente os reflexos - “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira” (Pv 29.2, ARA). Por isso o governante sábio dará atenção especial aos mais humildes - “O rei que julga os pobres com equidade firmará o seu trono para sempre” (Pv 29.14, ARA). (Fonte: Sábios Conselhos para um viver Vitorioso – José Gonçalves. CPAD. 2013).


CONCLUSÃO


Que tenhamos consciência de que Deus resiste e continuará resistindo aos soberbos (Tg 4:6). Todavia, o Pai Celeste dá e dará graças àqueles que têm o coração quebrantado e contrito, que se chega a Ele com humildade.
 
Fonte: ebdweb

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

ESCOLA BÍBLICA NO POVOADO SABALANGÁ (VIÇOSA AL)


Por mais simples ou suntuoso que seja o lugar, por menor ou maior que seja o templo, por menor ou maior que seja o campo evangelístico, sempre cabe uma Escola Bíblica.

Assim como em todo Brasil, no Povoado Sabalangá na cidade de Viçosa Alagoas, todas as sextas- feiras encontra-se reunido um grupo de pessoas estudando as lições da EBD na Escola Coronel José Aprígio Vilela.

Nesta sexta(08), foi estudada a 6ª lição da faixa etária de Jovens e Adultos sob o título: “O Exemplo Pessoal na Educação  dos filhos.” A lição em apreço nos proporcionou um relevante aprendizado no tocante a educação e sobretudo a edificação da família.  

Enquanto o estudo da  lição acima citada era ministrada, algumas crianças e pré-adolescentes reuniram-se  em grupo com o objetivo de desenvolver a temática: A importância da Escola Dominical.” Ao terminar a aula foi socializado tudo quanto foi desenvolvidos pelos alunos.

      
       As alunas Lucrécia, Ana Maria e Lidiane, esboçaram diversas histórias que aprenderam pelas professoras Valdenice e Runúzia  no decorrer das aulas ministradas. As alunas declararam que alguns alunos aprenderam a escrever na escola bíblica apesar de estudarem na escola secular. Já o aluno Fransueliton a EBD é o lugar de se conhecer a Deus e sua Palavra, o aluno salienta que a escola bíblica não pode deixar de existir na igreja. Enquanto as declarações eram lidas as irmãs se emocionaram. 

Por Efigênio Hortêncio