free counters

Seguidores

terça-feira, 27 de setembro de 2011

QUANDO A CRISE MOSTRA A SUA FACE

 AIgreja Evangélica Assembléia de Deus
Rua Frederico Maia,49 - Centro - Viçosa Alagoas
Escola Bíblica Dominical
Pastor Donizete Inácio de Melo
Superintendente: Pb Efigênio Hortêncio de Oliveira
Texto Básico: Ne 1:1-11


“E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo“(Ne 1:3).



INTRODUÇÃO

Pela inefável misericórdia de Deus estamos começando mais um trimestre letivo da EBD. O tema geral é: “Neemias, integridade e coragem em tempos de crise”. Vamos estudar a vida, a obra e o ministério de Neemias. Como líder, ele enfrentou um tempo de crise espiritual e moral. Foi um homem extraordinário, usado por Deus na reconstrução dos muros de Jerusalém, quando Israel encontrava-se no cativeiro, e uma parte da nação tentava sobreviver e reconstruir a cidade que um dia fora orgulho do povo hebreu. Era um tempo de crise geral, consequência da desobediência a Deus. Deus havia advertido ao seu povo a que não seguisse os costumes dos outros povos, adorando seus deuses e desviando-se do verdadeiro Deus. Todavia, não seguiu as ordens divinas, e pagou o preço de sua desobediência. Mas Deus não se esqueceu do Seu povo. Ele utilizaria a pessoa de Neemias para restaurar a cidade de Jerusalém e deixá-la pronta para o retorno dos exilados.

O exemplo de Neemias é de um tempo muito longínquo, de milênios atrás, mas seu exemplo é de grande valor para a igreja do Senhor Jesus Cristo. Estamos percebendo uma escassez de nomes de peso na liderança na obra do Senhor. Ela nos conclama a espelhar-nos na vida, exemplo e testemunho de líderes como Neemias.

A Igreja do Senhor Jesus está vivendo, certamente, o momento mais difícil de sua história. As forças do mal querem amordaçá-la. Como destruí-la é impossível, os inimigos querem silenciá-la. Mas, confiamos no Líder Maior, que é o Senhor e Salvador Jesus Cristo, que dará vitória ao Seu povo.

I. A CRISE EM JERUSALÉM

O povo voltou para Jerusalém, mas a restauração ainda não havia acontecido. O Templo, a cidade e o povo estavam debaixo de grande miséria e opróbrio. Jerusalém estava em plena crise.

Neemias recebeu a visita de Hanani na cidadela de Susã, a residência de inverno dos reis persas, no ano 444 a.C, no vigésimo ano de Artaxerxes I (464-423), ou seja, treze anos depois de Esdras subir a Jerusalém, e 142 anos depois do cativeiro babilônico (Ed 7:7). Essa visita de Hanani foi providencial. A partir dela um novo horizonte se abriu na vida de Neemias e um novo futuro chegou para a cidade de Jerusalém. Aquele foi o kairós de Deus, o tempo da oportunidade. E Neemias não perdeu a oportunidade dada por Deus de restaurar a cidade dos seus pais.

1. Aspectos da crise em Jerusalém. A feição da crise é tenebrosa, amedrontadora. Ela se acomoda com maior incidência nos mais fracos e nos desvalidos. Para combatê-la é necessário conhecer bem a sua causa. A seguir, apresentamos alguns aspectos da crise em Jerusalém na época de Neemias.

a) Insegurança pública. Hanani disse a Neemias: “[…] os muros de Jerusalém estão derribados” (1:3). A cidade estava desguarnecida, o povo estava sem defesa; não havia segurança; os invasores podiam entrar a qualquer hora. Um povo sem segurança sente-se vulnerável e ameaçado.

Esse é o maior problema das grandes cidades hoje. Vivemos sob o espectro do medo. Trancamo-nos dentro de casa e temos medo de sair às ruas. Há violência, arrombamentos, assaltos e sequestros. Nossas cidades estão se transformando num campo de sangue, num anfiteatro onde tombam as vítimas indefesas da criminalidade incontrolável. Nossas cidades estão sem muros e entregues ao furor de hordas de criminosos.

b) Injustiça social. Disse ainda Hanani: “[…] e as suas portas, queimadas” (1:3). Os juízes que julgavam as causas do povo ficavam junto às portas da cidade. Com suas portas queimadas, Jerusalém estava desassistida do braço repressor da lei, desprovida da ação do ministério público e sem o ministério vital dos juízes. O judiciário estava falido. Campeavam a corrupção e o desmando. Não havia lei, nem justiça.

A sociedade se desespera quando a justiça é torcida e quando aqueles que a aplicam se corrompem. O povo fica com a esperança morta quando aqueles que deviam ser os guardiões da lei mancomunam-se com esquemas criminosos para praticarem toda sorte de injustiça. As portas das nossas cidades também estão queimadas. Não somente estamos expostos às gangues do narcotráfico, aos esquemas mafiosos dos crimes de mando, aos ataques cada vez mais violentos daqueles que zombam do valor da vida e ceifam os inocentes sem que estes ofereçam resistência, mas também estamos assombrados com o conluio criminoso dos poderes constituídos, com essas forças ocultas do mal que espalham o pavor e se embriagam com o sangue da nossa gente. A tragédia que se abateu sobre Jerusalém no passado é uma dolorosa realidade também dos nossos dias.

c) Pobreza. Hanani concluiu seu relato: “Os restantes, que não foram levados para o cativeiro e se acham lá na província, estão em grande miséria…” (1:3). O povo judeu tinha voltado para Jerusalém. Cento e vinte anos haviam se passado desde que foram levados para a Babilônia, mas a pobreza ainda assolava o povo. Viviam no meio de escombros. Eles perderam o ânimo para lutar. Viviam oprimidos pelos seus inimigos. Cada um corria atrás da sua própria sobrevivência e, assim, o povo perdeu a noção de cidadania. Um povo achatado pela opressão política, esmagado sob a bota cruel da pobreza, capitula e enfrenta o maior de todos os naufrágios: o naufrágio da esperança.

d) Desprezo. Hananias conclui, dizendo: “… e desprezo” (1:3). Além de viverem numa cidade sem segurança e sem justiça; além de estarem golpeados pela pobreza, eram também ultrajados pelo desprezo. Era um povo esquecido, abandonado à sua sorte.

Maior do que a dor da pobreza é a dor do abandono. O povo estava desassistido e ainda encurralado pelos inimigos. Muitos vivem assim ainda hoje. O desprezo não dói apenas no bolso e no estômago, mas, sobretudo, na alma. Ele atinge o âmago, o íntimo. Ele tenta destruir o homem de dentro para fora.

2. Antecedentes históricos. Com a morte de Salomão, em 931 a.C, o reino de Israel foi dividido. O Reino do Norte teve dezenove reis e oito dinastias. Em um período de 209 anos, nenhum desses reis buscou a Deus, sendo todos rebeldes. Deus enviou-lhes profetas, mas os nobres e o povo não se arrependeram. Então, Deus enviou o “chicote” e os entregou nas mãos da Assíria, em 722 a.C. Eles foram levados cativos e nunca foram restaurados.

O Reino do Sul teve vinte reis na mesma dinastia davídica. Judá não aprendeu a lição do Reino do Norte e também começou a se desviar de Deus. Os reis taparam os ouvidos à voz profética, prenderam e mataram os profetas. Então, Deus os entregou nas mãos de seus inimigos. Em 586 a.C, veio Nabucodonosor contra Jerusalém, derribou os seus muros e destruiu o Santo Templo. Em seguida, os judeus foram levados cativos para a Babilônia e lá permaneceram setenta anos(Jr 25:11).

O que aconteceu com Israel nos adverte sobre uma nação que afronta o Deus vivo. Maldições, cativeiro e miséria são o resultado de um comportamento que escarnece a Deus. Nosso país está tomando um rumo perigoso. Os líderes da nação brasileira, em seus variados poderes, estão afrontando e escarnecendo da Lei de Deus. Leis infames e injustas que aprovam o que Deus condena estão tendo o apoio até do Judiciário. Nuvens negras baixam sobre nossa terra. É hora de clamar e orar para que Deus tenha misericórdia de nossa nação.

3. Deus dá o escape. A megalomaníaca Babilônia caiu. Ela confiou na sua grandeza, orgulhou-se de sua pujança e a soberba a levou ao chão. Um novo império se levantou e dominou o mundo: o Império Medo-Persa. A política desse reino era diferente. A Babilônia arrancava os súditos da sua terra e os levava cativos, enquanto, o Império Medo-Persa adotava a política de manter os súditos em seu próprio território. Instigado por Deus, o rei Ciro permite que um grupo de judeus retorne a Jerusalém, a fim de reconstruir os muros da cidade e reerguer o Santo Templo(Dn 8:3; Ed 1:1). Ele cumpre as suas promessas(Jr 29:10-14), mesmo que tenha que usar um ímpio como Ciro(vide Ed 1:1-4; Is 45:1). Sejam quais forem as circunstâncias, Deus dá sempre o escape àqueles que o honram e obedece a sua Palavra.

4. A volta com Zorobabel. De 3 milhões de pessoas que eram, ao sair do Egito, menos de 50 mil retornaram a Jerusalém, com Zorobabel, Esdras e Neemias. Muitos ficaram na Babilônia e não quiseram voltar. A geração que fora para o cativeiro já estava idosa e a que nascera na Babilônia havia se aculturado.

“O povo voltou em três levas: a) Sob a liderança de Zorobabel para reconstruir o Templo; 2) Sob a liderança de Esdras para ensinar a Lei; 3) Sob a liderança de Neemias para reconstruir os muros. Tanto Esdras como Neemias voltaram sob o governo de Artaxerxes I (465-424 a. C). Os judeus que voltaram para Jerusalém foram profundamente influenciados pela fé dos seus pais mesmo no cativeiro. A criação das sinagogas no exílio para o estudo da lei e dos profetas exerceu uma grande influência na inspiração da fé religiosa daqueles que retornaram à Jerusalém” (ELLISEN,Stanley A.Conheça melhor o Antigo Testamento).

Os que voltaram enfrentaram a proposta sedutora dos samaritanos para se associarem na reconstrução do Templo. Os judeus rejeitaram a proposta veementemente. Perceberam que os samaritanos não estavam interessados na reconstrução de Jerusalém, mas na destruição do próprio povo judeu (Ed 4:1-3; 2Rs 17:24,33,34). A rejeição foi motivada por sentimentos religiosos e não por preconceito racial (Ed 6:21). A questão não era racismo, mas fidelidade doutrinária.

A rejeição da oferta samaritana provocou forte oposição e a construção do Templo foi paralisada por ordem do rei Artaxerxes (Ed 4:11-21). Mas, com a subida de Dario ao trono, a reforma do Templo foi retomada e concluída (Ed 6). O Santo Templo foi reinaugurado em 516 a. C (Ed 6:13-22).

II. O CHAMADO DE NEEMIAS

1. Quem era Neemias. Três fatos são dignos de destaque a respeito de Neemias:

a) O seu nome (1:1). O nome Neemias significa “aquele que consola”. Neemias era um consolador, um homem de coração aberto e sensível aos problemas dos outros. Neemias era um servo de Deus, servindo ao rei da Pérsia e disposto também a servir o seu desprezado povo. Possivelmente, Neemias tenha nascido no cativeiro e tenha crescido num ambiente cercado por influências pagãs. No entanto, mesmo cercado por ambiente hostil, cresceu como um homem comprometido com Deus.

b) Sua ocupação(Ne 1:11). Neemias provavelmente não conhecia Jerusalém. Ele cresceu num contexto de politeísmo. Contudo, por causa de sua integridade, capacidade e lealdade, ocupou um cargo de grande confiança no reinado de Artaxerxes, em Susã, principal palácio e residência de inverno do monarca. Ele era copeiro do rei Artaxerxes.

Pelo grande temor que os reis tinham de ser envenenados, o copeiro era um homem de grande confiança. Ele provava o vinho do rei e cuidava dos seus aposentos. Ele supervisionava toda a alimentação do palácio e, antes de o rei ingerir qualquer bebida, devia tomar o copo, ingerindo-a ele mesmo. Isso tinha por fim demonstrar que nenhuma traição ocorrera e que, portanto, não havia perigo de envenenamento. O rei da Pérsia colocava a vida em suas mãos. Além de copeiro, ele era uma espécie de primeiro-ministro, o braço direito do rei Artaxerxes.

c) Sua empatia(Ne 1:4). Seus ouvidos estavam abertos ao clamor do seu irmão e seu coração profundamente sensível às necessidades do seu povo. Neemias vivia no luxo, mas também vivia de forma piedosa. Ele vivia com Deus e se importava com aqueles que viviam na miséria.

Jerusalém estava a 1.500 km de Susã. Neemias nunca vira antes a cidade dos seus pais, mas ele se importava com ela. Os problemas da cidade eram os seus problemas, a dor da sua gente era a sua dor. Na sua agenda havia espaço para receber aqueles que estavam sofrendo. Era um homem que tinha conhecimento, influência e poder, mas não se afastava daqueles que viviam oprimidos pelo sofrimento. Muitos homens que vivem encastelados no poder aproximam-se do povo apenas para auferir benefícios próprios; correm atrás do povo apenas à cata de votos para depois se locupletarem com lucros abusivos, esquecendo-se deliberadamente daqueles que os guindaram ao poder. Neemias caminha na direção do povo para socorrê-lo e não para explorá-lo.

2. Chamado por Deus. Conquanto o Templo estivesse funcionando conforme as leis leviticas, os muros estavam fendidos “e as suas portas queimadas a fogo”(Ne 1:1-3). Neeemias, então, sente o chamado de Deus para deixar o conforto palaciano e viajar a Jerusalém, a fim de reconstruir os muros e as portas da cidade. Isto ocorreu em 444 a. C, 14 anos após a expedição de Esdras a Jerusalém.

Bem disse o pr. Elinaldo Renovato, “Templo sem muros é igreja sem doutrina. E as portas queimadas representam o liberalismo que, infelizmente, predomina em muitas igrejas, facilitando a entrada de costumes mundanos entre os santos”.

Portanto, cumprir os propósitos de Deus é mais importante do que viver encastelado no nosso próprio conforto. Por isso, Neemias deixou sua zona de conforto, o palácio de Artaxerxes, e foi reconstruir os muros caídos de Jerusalém. O reverendo Hernandes Dias Lopes escreveu: “O verdadeiro líder é aquele que abre mão do seu conforto pessoal para lutar pelas causas do seu povo ainda que isso lhe custe a própria vida. O verdadeiro líder compreende que se um ideal é maior do que a vida, vale a pena dar a vida pelo ideal”.

O grande esportista londrino Charles Studd, ao ser questionado sobre as razões de ter abdicado da sua riqueza e sucesso para ser missionário, respondeu: “Se Jesus Cristo é Deus e morreu por mim, então nenhum sacrifício que eu faça por Ele pode ser grande demais”. Moisés, Ester, Davi, Neemias e Paulo aprenderam o que é viver para realizar os propósitos do coração de Deus. E nós? Certamente, melhor do que realizar os nossos próprios “sonhos” é cumprir o soberano projeto de Deus.

3. Orando em tempos de crise - “… assentei-me e chorei”(Ne 1:4). Ao tomar conhecimento da situação lastimável do seu povo (que estavam em grande miséria e desprezo), em Jerusalém, e das condições do muro (fendido) e das portas da cidade (queimadas a fogo), Neemias derrama a sua alma em fervente oração (ler Ne 1:4-11); oração essa que foi regada com abundantes lágrimas; não somente com lágrimas, mas, também, com jejum, lamento, adoração e confissão. Em tempo de crise, não há modelo melhor a seguir pelo um líder responsável do que este.

Neemias sempre foi um homem muito ocupado, mas não tão ocupado a ponto de não ter tempo para Deus. Você encontrará dez de suas orações no livro de Neemias (1:4s; 2:4; 4:4; 5:19; 6:9,14; 13:14,22,29,31). Sua confiança estava no Todo-poderoso que ouve a atende as nossas orações.

Um dos truques do diabo é manter-nos tão ocupados que não encontramos tempo para orar. Se Neemias não fosse um homem de oração, o futuro de Jerusalém teria sido outro. A força da oração é maior do que qualquer combinação de esforços na terra. A oração move o céu, aciona o braço onipotente de Deus, desencadeia grandes intervenções de Deus na história. Quando o homem trabalha, o homem trabalha, mas quando o homem ora, Deus trabalha.

III. A INTERCESSÃO DE NEEMIAS

Neemias começa seu ministério orando. Sua oração é uma das mais significativas registradas na Bíblia. Vemos nela os elementos da adoração, petição, confissão e intercessão. Como consolador, Neemias viveu perto das pessoas; como intercessor, perto de Deus.

Um intercessor é alguém que se levanta diante do trono de Deus a favor de alguém. Esquilos foi condenado à morte pelos atenienses e estava para ser executado. Seu irmão Amintas, herói de guerra, tinha perdido a mão direita na batalha de Salamis, defendendo os atenienses. Ele entrou na corte, exatamente na hora que seu irmão estava para ser condenado e, sem dizer uma palavra, levantou o braço direito sem mão na presença de todos. Os historiadores dizem que quando os juízes viram as marcas do seu sofrimento no campo de batalha e relembraram o que ele tinha feito por Atenas, por amor a ele, perdoaram o seu irmão.

1. Ele adorou a Deus. Um intercessor aproxima-se de Deus com um profundo senso de reverência. Neemias começa a sua intercessão adorando a Deus - “Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível…” (v. 5). Neemias entende que Deus é o governador do mundo. Ele focaliza sua atenção na grandeza de Deus, antes de pensar na enormidade do seu problema. Um intercessor aproxima-se de Deus sabendo que Ele é soberano, onipotente, diante de quem precisamos nos curvar cheios de temor e reverência.

2. Ele intercedeu por seu povo - “Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para acudires à oração do teu servo, que hoje faço à tua presença, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos…” (1:6). Um intercessor é alguém que se coloca na brecha a favor de alguém. Ele sente a dor dos outros em sua própria pele. Um egoísta jamais será um intercessor. Só aqueles que têm compaixão podem sentir na pele a dor dos outros e levá-la ao trono da graça. Neemias chorou, lamentou, orou e jejuou durante quatro meses pela causa do seu povo. Muitas vezes, começamos a interceder por uma causa e logo a abandonamos. Neemias, porém, orou 120 dias com choro, com jejum, dia e noite. Ele insistiu com Deus. Sua oração foi persistente e fervorosa.

3. Ele fez confissão de pecados(Ne 1:6b). Neemias orou: “[…] e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, os quais temos cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos pecado”. Neemias não ficou culpando o povo, mas identificou-se com ele. Um intercessor não é um acusador, jamais aponta o dedo para os outros, antes, levanta as mãos para o céu em fervente oração.

Um intercessor faz confissões específicas. Muitas confissões são genéricas e inespecíficas, por isso sem convicção de pecado e sem quebrantamento. Neemias foi específico: “Temos procedido de todo corruptamente contra ti, não temos guardado os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo” (1:7). Para que a oração tenha efeito, precisa ser acompanhada de confissão. Quem confessa seus pecados e os deixa alcança misericórdia (Pv 28:13).

4. Um intercessor ora e age. Os homens práticos são aqueles que oram e agem. Oração sem ação é fanatismo; ação sem oração é presunção. Neemias orou, jejuou, lamentou e chorou por 120 dias. Ele colocou essa causa diante de Deus, mas também colocou a mesma causa diante do rei. Neemias ora e toma medidas práticas: vai ao rei, informa-o sobre a condição do seu povo, faz pedido, pede cartas, verifica o problema, mobiliza o povo e triunfa sobre dificuldades e oposição.

Neemias compreende que o maior rei da terra está debaixo da autoridade e do poder do Rei dos reis. Neemias compreende que o mais poderoso monarca da terra é apenas um homem. Ele sabe que só Deus pode inclinar o coração do rei para atender ao seu pedido. Neemias compreende que a melhor maneira de influenciar os poderosos da terra é ter a ajuda do Deus todo-poderoso. Ele vai ao rei confiado no Rei dos reis. Ele conjuga oração e ação. Pela oração de Neemias um obstáculo aparentemente intransponível foi reduzido a proporções domináveis. O coração do rei se abriu, os muros foram levantados e a cidade reconstruída. A oração abre os olhos para coisas antes não vistas. Nossas orações diárias diminuem nossas preocupações diárias.

CONCLUSÃO

Neemias ergue-se como um dos maiores modelos do mundo de um líder servo. Ele continua sendo uma referência depois de mais de dois mil anos de como exercer a liderança no centro da vontade de Deus. Ele “foi um líder que orava e agia, que falava e fazia, que planejava e motivava, que confrontava e consolava, que buscava a glória de Deus e o bem do povo e não sua própria promoção. Sua vida é um exemplo, sua liderança é um estandarte, seu trabalho é um monumento. A poeira do tempo não pode apagar seus feitos. Sua abnegação e coragem são tônicos que ainda fortalecem os braços de muitos líderes. Sua piedade e engenho administrativo são faróis que alumiam a estrada daqueles que abraçam a vida pública. Sua compaixão e lágrimas pelos desassistidos de esperança são bálsamo que aliviam as feridas de muitos peregrinos. Suas orações e zelo pela verdade balizam o caminho de muitos embaixadores de Deus na História”(Dias Lopes, Hernandes - Neemias - O líder que restaurou uma nação).


Seu modelo de liderança é apropriado, oportuno e necessário nestes dias, pois atravessamos uma crise profunda de liderança no orbe evangélico e até mesmo familiar. Estamos vivendo uma epidêmica crise de identidade, em que as palavras “cristão” e “evangélico” em muito se esvaziaram de seu real significado. Nossa oração é que Deus levante líderes destemidos e comprometidos com os valores do reino de Deus; que promovam a unidade e união do povo de Deus; que sejam desprovidos de interesses egoístas; líderes de oração e de ação; líderes que promovam a restauração moral e espiritual de nossa gente. Amém!

Fonte ebdweb

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ENCONTRO DE ADOLESCENTES EM VIÇOSA -AL

     
 Esta é a geração dos verdadeiros adoradores que adoram ao Pai em Espírito e em verdade. Sl. 24.26 – Jo. 4.23. 
     Sob o sugestivo tema, a Assembléia de Deus em Viçosa, localizada na Zona da Mata alagoana, igreja que está sob a responsabilidade do Pastor Donizete Inácio de Melo, realizou mais um belo Encontro de Adolescentes neste final de semana.
      No sábado (24), foi realizada a cerimônia de abertura da festividade. Os adolescentes adentraram ao templo com muito júbilo estampando na farda o lema: El- Shamah, geração de adoradores. Esteve abrilhantando a festa dos verdadeiros adoradores, o Departamento de Adolescentes da cidade de cajueiro.
    No domingo, o templo sede tornou-se pequeno para comportar os crentes, convidados e visitantes para o encerramento do evento. O momento de louvor ficou por conta dos aniversariantes, da União de Adolescentes do Bairro Bela Vista da capital alagoana e do cantor Daniel Rodrigues vindo do Rio grande do Sul.
    A União de Adolescentes aniversariante, é dirigida pela coordenadora Sulamita Helena, David Kennethy, Elda Domingos e irmã Neide que coordena o grupo da Congregação do Conjunto Residencial Cidade de Deus. Os referidos dirigentes expressaram toda gratidão ao Supremo e Eterno Deus, rendendo a Ele toda honra e glória.
    O preletor da noite foi o Pastor Horácio, vindo do Rio Grande do Sul, que no momento fez uso do texto Sagrado extraído do Evangelho de S. Marcos 8.34. Depois de fazer a leitura, o pregador fez menção do tema: Cinco características do verdadeiro adorador. O senhor concedeu ao seu servo  uma edificante mensagem aos presentes debaixo da unção do Santo Espírito do Senhor. Ao término do culto, pastor Donizete expressou toda gratidão a Deus, ao aniversariantes  com seus respectivos dirigentes, a amada igreja de cristo em Viçosa, como aos visitantes e convidados.
Honra,  glória, louvor e adoração seja dada ao nome Nosso Senhor e salvador Jesus Cristo de eternidade a eternidade.


Jordânia, Aline e Gerlane

                                                               Pr. Horácio (RS)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A PLENITUDE DO REINO DE DEUS


Texto Áureo




“Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.” (Is 11.1). – Renovo é título messiânico aplicado a Jesus, que produz fruto espiritual; Ap 5.5 denomina Cristo como ‘a Raiz de Davi’; “Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e de Belém, da aldeia de onde era Davi?” (Jo 7.42, de onde temos o título ‘Filho de Davi’ - título messiânico que descreve o Senhor Jesus como herdeiro eterno do trono de Davi. A profecia Messiânica fala de um rei ideal da linhagem de Davi que combinaria poder e divindade (Jr 23.5; Zc 3.8). Entende-se que após a divisão do reino, vieram dificuldades, mas dessa raiz danificada Deus faz brotar nova vida como rebento/renovo da linhagem de Davi. Sem dúvida, uma mensagem de esperança anunciada por Isaías. Deus prometeu a Davi um trono eterno. A dinastia davídica seria perpetuada através do Rei-Messias, o Senhor Jesus Cristo (Sl 89.3,4, 34-37; Is 9.7; 11.1,10; Jr 23.5,6).



Verdade Prática



Na consumação de todas as coisas, Deus estabelecerá plenamente o seu Reino e o entregará como herança aos que tiverem recebido a Jesus Cristo como o seu Salvador.



Leitura Bíblica em Classe

Isaías 11.1-9



Neste domingo estudaremos a última lição do trimestre! É oportunidade para programarmos um ‘marketing’ em nossa Escola Dominical a fim de atrair, convencer, cativar, conquistar e manter alunos. É nossa responsabilidade, portanto, esmero em realizar um ensino com cuidado especial, com dedicação e com amor é o que o Mestre por excelência espera de nós. Esforcemo-nos no ministério que Deus providenciou para cada uma de nós e que o Espírito Santo possa mostrar-nos a responsabilidade que temos (“De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, … se é ensinar, haja dedicação ao ensino”, Rm 12.6,7).



De acordo com Isaías 9.6,7, o descendente de Davi, Rei-Messias, é divino, e seu Reino é eterno. Davi foi um “pai” temporário para seu povo; o Messias é um Pai imortal, eterno para todos os povos (Sl 2.6-8; Lc 22.29). Jesus é o eterno Renovo do tronco de Jessé. Ele não se manifestou no período áureo do reinado de Davi ou de Salomão, quando o reino de Israel era uma árvore frondosa e frutífera. Mas, na ocasião em que o machado derrubara o arvoredo, restou à descendência de Jessé, apenas um tronco, por amor a Davi. Desse tronco surge o Netzer, o ‘Renovo’. Deste termo origina-se a palavra Nazaré, região da qual surgiu o Profeta-Messias (Lc 24.19). Jesus brotou como um rebento da combalida dinastia davídica (“a raiz de Jessé”), a fim de cumprir as profecias messiânicas feitas a Davi, o rei teocrático do Eterno. Esta profecia demorou cerca de 700 anos para se cumprir. E, hoje, depois de dois milênios, nós, os eleitos, aguardamos o pleno cumprimento da restauração do trono de Davi, por meio do Rei dos reis e Senhor dos senhores. O Messias foi exaltado como Senhor pelo SENHOR (Sl 110.1). Em breve Ele voltará a este mundo para buscar os seus súditos: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre eles. Sim! Amém!” (Ap 1.7). Boa Aula!






I. A PLENITUDE DO REINO: UMA BENDITA ESPERANÇA



1. O Deus da esperança. A autoridade para governar a Terra foi dada por Deus a Adão desde o princípio (Gn1:26-30). Enquanto ele viveu em sujeição a Deus tudo correu bem, mas quando decidiu ser independente e fazer sua própria vontade, foi apanhado pelas mentiras de Satanás (Gn3:1-7) e acabou ficando sujeito a este (Ef2:1-3); e com ele todos os seus descendentes (Rm3:23a) e também a própria terra que estava sob sua responsabilidade (Lc4:5). Como resultado da desobediência aos termos do seu governo, o homem cai, experimentando a perda do seu domínio (Gn 3.22,23), tudo o que se achava sob o seu domínio delegado passa a estar sob maldição, assim como o seu relacionamento com o Eterno, a principal fonte do seu poder para governar é interrompida e perde o poder da ‘vida’, essencial ao governo no Reino de Deus (Gn 3.17-22). Contudo, um fato oferece esperança, Deus age de forma redentora e promete um plano para restaurar todas as coisas (Gn 3.15). O Novo Testamento refere-se à segunda vinda de Cristo como sendo a bendita esperança de todo cristão verdadeiro: “A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que… vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e salvador Cristo Jesus“ (Tt 2.11,13). Não somente a manifestação ou aparição de Cristo, mas também uma nova ordem de coisas. “Nós, segundo a sua promessa, esperamos novos Céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2Pe 3.13).



2. Em Cristo, temos esperança. Quando Jesus Cristo veio em carne, o reino de Deus chegou outra vez aos homens (Mc 1.14-15; Lc 11.20). Ele exerceu a autoridade de Rei e Senhor sobre os homens, as doenças, os demônios, as forças da natureza, e até sobre a morte. Após sua morte e ressurreição Ele mesmo disse a seus discípulos: “toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). A bendita esperança é quando os cristãos aguardam com esperança e alegria o estar com Cristo na glória para sempre. (Jo 14.1,2). Para muitos de nós, a vida, mesmo a vida cristã, é uma grande luta, às vezes uma luta bastante cruel. Mas isto não vai ficar assim, indefinidamente. Não foi isso que Deus planejou para nós. Ele planejou e vai fazer acontecer um futuro maravilhoso. Este seu propósito se cumprirá plenamente no dia da volta de Cristo: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1Co 2.9). A “bem-aventurada esperança” pela qual todo cristão deve ansiar é o “aparecimento da glória do grande DEUS e nosso Senhor JESUS CRISTO” e a nossa união com Ele por toda a eternidade (Jo 14.3). Essa esperança pode ser concretizada a qualquer momento (cf. Mt 24.42; Lc 12.36-40; Tg 5.7-9). Assim sendo, os cristãos nunca devem abrir mão da sua expectativa mantida em oração de que talvez ainda hoje a trombeta soará e o Senhor voltará. Essa é a verdadeira esperança da igreja, estamos aguardando Um que virá do Céu. Entendamos que esta esperança não é a de irmos para o Céu quando morrermos, nem se trata do glorioso Milênio, o qual virá a seu tempo, quando iremos morar com Ele. Nossa Bem-aventurada esperança é o retorno pessoal do mesmo Jesus que veio ao mundo para sofrer humilhação, tendo morrido na cruz em nosso lugar: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito” (1Pe 3.18). Ele mesmo voltará, o Noivo celestial vai voltar para a Sua Noiva, a fim de conduzi-la ao lar celestial, onde ela viverá para sempre com Ele. No dizer de Paulo, “Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.9,10); “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28); “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.20,21); “… mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23); “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7); “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13); “E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10); Estes textos mostram qual é a verdadeira esperança da igreja, ou seja, pelo que estamos esperando. Esta é nossa esperança, deliciosa, santificadora, e nada pode interpor-se a ela.



3. A esperança do Reino para a Igreja. Paulo declara enfaticamente que, sem Cristo, o homem não tem esperança (Ef 2.12), não pode ter o tipo de esperança a que a Bíblia se refere. A igreja é a expressão do Reino de Deus quando se torna anunciadora da esperança confirmada pela ressurreição de Jesus Cristo. A igreja, portanto, é chamada para mediar a presença de Cristo, que por sua vez media o futuro de Deus. O Reino de Deus é o real fundamento da teologia da igreja, pois à igreja é dada uma obrigatoriedade missionária, pois ela está ligada à sociedade e compartilha com ela os sofrimentos desta época, formulando esperança em Deus para as pessoas. O deplorável estado que se encontra o mundo com toda a sorte de tribulação, ilegalidade, malignidade, miséria, dor, tristeza e perplexidade não é novidade para o crente que vive a ‘bem-aventurada esperança’. A esperança do futuro Reino de Deus é tarefa da igreja quando assume concretamente a sociedade em que esta inserida dando um horizonte de esperança, justiça, vida, humanidade. Isso só é possível com a pregação do evangelho. A missão é a proclamação de uma esperança viva, ativa e apaixonada pelo Reino de Deus e seus valores vivenciados por Jesus conforme os evangelhos.



Sinopse do Tópico (1)



A Igreja de Deus deve fazer a diferença neste mundo pecaminoso aguardando a plenitude do Reino.





II. O REINO DE DEUS: UMA SUBLIME REALIDADE



1. Nas Escrituras. É verdade que a Bíblia centraliza a sua atenção na primeira vinda de Cristo, que levou a efeito a salvação, e fez com que o futuro irrompesse no presente de forma promissora. Mas a Parousia de Cristo, que introduzirá a consumação do plano de Deus e da glória da qual compartilharemos, também está sempre em mira. Os profetas do Antigo Testamento anteviam os últimos dias sem indicarem quando exatamente ocorreriam. Seu propósito não era satisfazer a curiosidade das pessoas, mas focalizar o propósito de Deus e usar as profecias como incentivo para obedecer à vontade de Deus no tempo presente. Isaías, por exemplo, contava a respeito de um tempo em que o monte da casa de Deus seria exaltado ‘e concorrerão a ele todas as nações. E virão povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR… para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas’ (Is 2.2,3)[1]. O profeta Isaías identifica sua mensagem escatológica, no que diz respeito ao estabelecimento da Casa do Senhor, para a qual afluirão todos os povos. Após o julgamento e a correção de Deus os povos gozarão de paz universal (Is 2.1-5). A expressão usada por Isaías “naquele dia” é também indicadora da mensagem escatológica do profeta, na qual anuncia. O profeta prevê a extensão mundial do reino quando declara que: “Naquele dia, a raiz de Jessé será como uma bandeira aos povos, para onde as nações recorrerão; o seu descanso será glorioso” (Is 11.10). Há um kerigma escatológico na profecia de Isaías identificada à luz do Novo Testamento: “A glória do Senhor se revelará; e todos juntos a verão. Aqui está o meu servo a quem sustento; o meu escolhido, em quem me alegro; pus o meu Espírito sobre ele; ele trará justiça às nações” (Is 40.1-5; 42.1). O profeta Daniel também vaticina e renova a esperança do reino escatológico. Cativo na Babilônia, apresenta-se ao grande rei Nabucodonosor e relata a interpretação da visão dos reinos que sucederiam no cenário mundial, e deixa claro que o Soberano reina sobre a terra acima dos poderosos: “É Ele quem remove reis e estabelece reis. O Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens e o dá a quem quer” (Dn 2.21; 4.25). De modo semelhante, o Novo Testamento emprega a esperança da Parousia de Cristo como motivação: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1Jo 3.2,3). O teor da mensagem no Novo Testamento é a Parousia de Jesus e o estabelecimento do Reino de Deus.



2. No presente. Deus está ativo na história da humanidade, redimindo-a em Cristo a fim de fazer Sua vontade soberana conhecida e experimentada pelos homens (Ef 1.5-9; Rm 12.1-2). O Reino de Deus foi inaugurado em Cristo e continua através de Sua igreja. A igreja é muitas vezes referida nas Escrituras como o “corpo de Cristo”. “Corpo de Cristo” significa senão que somos unidos misticamente com Cristo e, conseqüentemente sua missão se torna nossa missão, como Júlio Zabatiero explica: “a missio Christi também deve ser a missio ecclesia[2]”. O Evangelho é as boas novas desse Reino (Mt 24.14). Proclamação, kerigma, é ato de anunciar os decretos reais, tornando-os conhecidos. A ordem do Rei é que proclamemos a chegada deste Reino, seus valores e caráter, a todos e em todo lugar. Obediência, vista nesta ótica não é um peso e sim um privilégio. A submissão à vontade de Cristo nos torna participantes do projeto do Rei. Como o palco do estabelecimento deste Reino é o mundo, existe uma resistência por parte das forças do “anti-Reino”, como afirma Leonardo Boff, em seu livro Igreja Carisma e Poder. Ele fala ainda mais que “impõe-se sempre um oneroso processo de libertação para que o mundo possa acolher em si o Reino e desembocar no termo feliz”. O apostolo Paulo escrevendo para a igreja de Colossos diz que “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor” (Cl 1.13). A igreja como agente do Reino é o instrumento de Deus para libertar as pessoas das forcas opressivas e destrutivas. É a Ecclesia de Cristo, em obediência a Sua vontade soberana, existindo como extensão da Sua obra, que se move pelo mundo, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela! (Mt 16.18-19)[3]. Nos Evangelhos, a expressão “Reino de Deus” (basileia tou theou) aparece 51 vezes, sendo 4 em Mateus, 14 em Marcos, 31 em Lucas e 2 em João. Além dos Evangelhos a expressão também aparece em Atos e em algumas cartas de Paulo (Romanos, 1 Coríntios, Gálatas, Colossenses e 2 Tessalonicenses) totalizando 65 ocorrências no Novo Testamento. A expressão “Reino dos Céus” (basileia tôn ouranôn) aparece somente em Mateus em 32 ocorrências. Outras várias ocorrências usando apenas “Reino” também estão presentes nos Evangelhos, como a conhecidíssima expressão na oração do “Pai Nosso”: “…venha o teu reino…”.



3. No futuro. A segunda vinda de Cristo completará a colheita da ressurreição. Tendo vencido todos os inimigos, Cristo passará as rédeas do governo divino a Deus, o Pai. Na perícope de 1Co 15.24-28, Paulo argumenta que a ressurreição não é um evento isolado, com repercussão isolada, antes, é um acontecimento integrado e culminante no governo soberano de Deus sobre a história. A redenção estará completa até que Cristo “haja posto todos os inimigos debaixo dos pés” (v 25), uma referencia clara a Sl 110.1[4]. Quando Jesus voltar em glória, destruirá todos seus inimigos, “os reinos deste mundo passarão a ser de nosso Senhor e de seu Cristo e Ele reinará para todo o sempre”. Este é o clamor da sétima trombeta (Ap 11.15). Diante Dele todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor (Fp 2.10-11). Ele iniciará um reino de mil anos sobre a terra, sem a interferência de Satanás, levando-a a um estado de paz e harmonia, resultantes de Seu governo no coração dos homens e toda terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as água cobrem o mar (Is 11.9).



Sinopse do Tópico (2)



No futuro o Reino de Deus será espiritual e universalmente pleno.



III. A CONSUMAÇÃO FINAL DO REINO DE DEUS



1. Aguarda a sua efetivação. O reino de Deus não é um lugar, nem um sistema, nem um povo, nem está restrito a apenas um período da história. O significado básico da palavra ???????? (Basiléia), traduzida por reino, é “reinado”, ela designa a posição e a existência do rei, trazendo o sentido de poder real e autoridade. Quando aplicada a Deus, o qualifica como o Soberano de todas as coisas, o Rei do Universo. Reino de Deus é a ação de reinar de Deus. A posição de Rei é inerente a Deus. Ele reina porque é Deus. Assim o reino de Deus é tão eterno quanto Ele, existe desde quando Deus existe e durará enquanto Deus durar (Sl 10.16, Sl 29.10, Jr 10.10, Lm 5.19); ele é ilimitado e abrange tudo e todos (Sl 103.19, Dn 4.17,25,32).Todos que rejeitam este reino sofrem as conseqüências perdendo seus benefícios, mas não conseguem se livrar da autoridade de Deus. Assim como ocorreu com Satanás e seus anjos (Is 14.12-15, Ez 28.11-19, Jd 6) e com os homens (Gn 2.15-17, 3.1-19; Rm 5.12). Hoje, os homens vivem “fora” do reino de Deus, pois não se sujeitam espontaneamente ao Seu governo e não fazem a Sua vontade. Porém não podem se livrar da autoridade do Rei, que lhes determina condenação eterna por causa dessa rebeldia. Esta situação só pode ser mudada quando uma pessoa se arrepende e recebe, pela fé, Jesus Cristo como o Senhor de sua vida (??????/kyrios = dono, senhor, soberano), demonstrando sujeição a sua vontade através da obediência. Assim, apesar de haver resistência, Deus reina soberano eternamente sobre os céus e sobre a terra e ironicamente ri daqueles que se levantam contra ele (Sl 2). Ninguém pode detê-lo, nada lhe escapa ao controle. Quem O impedirá de realizar os Seus desígnios? [5]



2. No Milênio. Reino Milenar é o nome dado aos 1000 anos do reinado de Jesus Cristo na terra. Alguns buscam interpretar os 1000 anos de forma alegórica. Alguns entendem os 1000 anos meramente como uma forma figurativa de dizer “um longo período de tempo”. Disto, resulta que alguns não esperam um reinado literal e físico de Jesus Cristo na terra. Entretanto, por 6 vezes, Apocalipse 20:2-7 fala do Reino Milenar com duração específica de 1000 anos. Se Deus quisesse dizer “um longo período de tempo”, Ele poderia facilmente tê-lo feito, sem explicitamente e repetidamente mencionar o exato período de tempo. Segundo a Bíblia, quando Cristo retornar à terra, Ele Se estabelecerá como Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lucas 1:32-33). Os pactos incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para estabelecer o reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma posteridade, um governante e uma bênção espiritual (Gênesis 12-1-3). O pacto da Palestina prometia a Israel a restauração e ocupação da terra (Deuteronômio 30:1-10). O pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio pelo qual a nação poderia ser abençoada (Jeremias 31:31-34). Na segunda vinda, estes pactos serão cumpridos quando Israel for “ajuntada” das nações (Mateus 24:31), se converter (Zacarias 12:10-14) e for restaurada à terra sob a liderança do Messias, Jesus Cristo. A Bíblia fala das condições durante o Milênio como um ambiente perfeito, fisicamente e espiritualmente. Será um tempo de paz (Miquéias 4:2-4; Isaías 32:17-18); gozo (Isaías 61:7,10); conforto (Isaías 40:1-2); sem qualquer pobreza (Amós 9:13-15) ou enfermidade (Joel 2:28-29). A Bíblia também nos diz que somente os crentes terão acesso ao Reino Milenar. Por isso, será um tempo de completa justiça (Mateus 25:37; Salmos 24:3-4); obediência (Jeremias 31:33); santidade (Isaías 35:8); verdade (Isaías 65:16) e plenitude do Espírito Santo (Joel 2:28-29). Cristo governará como rei (Isaías 9:3-7; 11:1-10), com Davi como regente (Jeremias 33:15,17,21; Amós 9:11). Os nobres e príncipes também reinarão (Isaías 32:1; Mateus 19:28). Jerusalém será o centro “político” do mundo (Zacarias 8:3). Apocalipse 20:2-7 simplesmente dá o período de tempo exato do Reino Milenar. Mesmo sem estas Escrituras, há inúmeras outras que apontam para um reino literal do Messias na terra. O cumprimento de muitos dos pactos e promessas de Deus se baseia em um futuro reino literal e físico. Não há bases sólidas para que se negue uma compreensão literal do Reino Milenar e sua duração de 1000 anos[6]. Apocalipse 20.1-10 determina que este período terá uma duração de mil anos, sendo por isso chamado milênio. O número “mil” não é simbólico nem alegórico, pois nestes versículos, a expressão “mil anos” é mencionada seis vezes, sendo 3 delas na forma definida “os mil anos”, indicando um período específico de tempo com duração determinada de mil anos.



3. Serão novas todas as coisas. “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte” (Ap 21.1-8). Esta descrição feita por João é uma das mais fascinantes das Escrituras. Ela abre as portaspara o cenário que nos aguarda na eternidade, conduzindo-nos a nossa pátria celestial (Fp 3.20; Hb 11.16). Haverá novos céus e nova terra, pois os anteriores foram consumidos pelo fogo (2Pe 3.7-10). Não sabemos como serão os novos céus e a nova terra, mas o mais importante é revelado: o próprio Deus, nosso Pai, estará conosco e viverá entre nós (v 3,7). Este é o presente mais precioso que qualquer um de nós poderá receber e só nos é permitido tomar parte deste momento por causa do imenso amor que nosso Senhor Jesus demonstrou na cruz, dando Sua vida para nos fazer participantes de Sua herança nos santos. Não haverá mais morte (v 4), pois ela terá sido lançada no lago de fogo por toda a eternidade, não podendo mais agir sobre ninguém. Beberemos gratuitamente da fonte da água da vida (v 6) , o acesso à árvore da vida que tinha sido bloqueado no princípio (Gn 3.22-24) será novamente liberado (v 22.14) e comeremos do seu fruto livremente. Não haverá mais tristeza, nem choro nem dor, mas a alegria imensa da presença do Pai nos satisfará plenamente com abundante felicidade. Não haverá mais noite e nem será necessária nenhum tipo de luz natural, pois Deus mesmo nos iluminará com sua presença.



Sinopse do Tópico (3)



Após o milênio o Reino eterno de Deus será plenamente estabelecido. E os remidos da Antiga e da Nova Aliança habitarão na Nova Jerusalém.








 Conclusão



O cumprimento final do supremo propósito de Deus se dará quando toda Sua grande família, Tantos como a areia da praia!/Tantos como a areia do mar!/Que gozo sentirá/Todo o salvo pois verá/Sim, tantos como a areia da praia! (509 HC), estiver reunida diante Dele revestida da glória de Seu Filho, pronta para viver a eternidade em um precioso e íntimo relacionamento com Ele. Enquanto caminhamos para esse dia, seguimos testemunhando, proclamando suas boas novas e edificando-nos uns aos outros, até que a Noiva esteja pronta e adornada para o seu Noivo. Afim de não desanimarmos diante das dificuldades que se aproximam e não desviarmos do alvo proposto, o Senhor deixou ensinamentos e orientações acerca das coisas que estão porvir. Examinando as Escrituras com um coração simples e quebrantado, podemos traçar um panorama dos fatos que nos aguardam enão ser surpreendidos por eles em nossa caminhada.



Fonte: ebdweb

terça-feira, 13 de setembro de 2011

FUGINDO DE DEUS


Se alguém se der ao trabalho de verificar e fazer um confronto entre o número de pessoas que fogem de Deus e o daquelas que seguem ao Senhor, chegará a conclusões surpreendentes, constatará quão poucos trilham as veredas que conduzem a Deus, e notará que as multidões resvalam para o abismo, numa carreira agitada e irrefletida fugindo de Deus.


Adão foi o primeiro homem que fugiu de Deus. Escondeu-se quando desobedeceu, e seu exemplo frutificou, fêz discípulos e o que se vê, hoje, são homens consciente e inconscientemente fugindo de Deus, como se alguém pudesse esconder-se dos olhos do Onipresente.

Qualquer pessoa que estudar a psicologia das multidões sob o ponto de vista espiritual, certificar-se-á da tremenda realidade — homens fugindo de Deus —, sem se preocuparem se o final da carreira termina no céu ou se leva ao inferno.

Homens de todas as castas, criaturas de todas as raças, povos de todos os quadrantes, num desespero contaminante, confundem-se na corrida desabalada e louca, fugindo de Deus, sem saberem para onde vão, mas unicamente preocupados em fugir, pois sentem-se mal onde estiver a santidade do Senhor.

Se vos quiserdes certificar e saber como os homens tentam fugir de Deus, armai-vos de uma dose de paciência e acompanhai-me nesta descrição: Anotai quantos homens, mulheres e crianças caminham para a Escola Dominical e confrontai a diminuta freqüência, com os milhares que à mesma hora se preparam para ir aos Prados, assistir às corridas. Vede quantos afluem aos Estádios a fim de darem expansão aos seus temperamentos impulsivos. Verificai quantos, sem necessitarem, se ati-ram às praias unicamente para se escusarem de um convite para ir à Igreja. Não vos esqueçais de arrolar os que, furtivamente se esgueiram para os antros de jogos de azar. Computai a multidão que se fez escrava das danças esfalfando-se ao som de qualquer instrumento desafinado e rouco. Não esqueçais aqueles que se refugiam nas tabernas, enterrando ali a saúde, o dinheiro e o caráter.

A lista não estará completa se esquecerdes os obcecados pelo cinema, cujos fins podiam ser educativos, mas onde, apenas, se vê corrupção e se respira duplamente ar viciado e venenoso.

Somai todas essas parcelas, e dizei-me quantos são l os que buscam, o Senhor, na Sua casa, onde ordenou sua benção, e quantos são, também, os que fogem de Deus. Convidai essas multidões para voltar ao Senhor e esperai pela resposta. Se vos não apedrejarem, blasfemarão e ficarão contra vós. Se vos não perseguirem, contudo sereis tidos como fanáticos. Facilmente acharão desculpas e evasivas para justificarem a fuga que estão realizando. Procurarão neutralizar e até mesmo destruir a vossa fé. Alegarão que as diversões e os jogos são necessários à vida social de hoje, que são costumes já integrados na atividade secular e que tradição é lei. Dirão ainda que vós é que estais fora da moda, falando uma linguagem pouco usada entre eles, isto é, falando em Deus. de religião e de fé, como se isto fosse um assunto de outros séculos e de outras terras.

Aqui não vai nenhuma alusão à educação física, tão útil ao desenvolvimento da raça. O que aí fica diz respeito ao que impropriamente alguns tratam de esporte, pois tudo se corrompeu e mergulhou no lodo das jogatinas e dos interesses monetários, fugindo, assim, à finalidade primitiva.

Se insistirdes no convite a seguir a Jesus, os que fogem de Deus taxar-vos-ão de loucos, dirão que tendes demônio. Foi assim que fizeram com Jesus, e vós também, não sereis poupados. O Diabo inverte os papeis; às trevas chama luz, ao direito trata de injustiça. Tudo isto acontece porque os homens fogem de Deus.

O que aí fica representa, queiram ou não, um quadro de perspectivas sombrias, no qual acentuadamente aparecem homens fugindo de Deus. Jeová, direta e indiretamente tem falado aos corações dessa multidão que continua a afastar-se do céu, mas não é ouvido.

Os homens fecham os ouvidos à voz do Senhor e revoltam-se contra o convite que se lhes faz para irem à Igreja, onde Deus mais propiciamente lhes quer falar. Se Adão teve discípulos, Jonas também tem seguidores. Deus enviou Jonas a Nínive com uma mensagem de arrependimento, mas ele tomou direção oposta; pensou que podia fugir da presença do Senhor.

Jonas tomou um navio que viajava para Tarsis, porém não chegou ao destino que escolhera, pois o pecado e a desobediência o alcançaram. Assim fazem os homens em nossos dias. Deus lhes indica a Nínive do arrepen¬dimento e eles fogem para a Tarsis do pecado. É mais fácil viajar para Tarsis do que ir a Nínive. Os navios para Tarsis (as multiformes manifestações do pecado) estão sempre prontos a receber os que fogem de Deus, pouco se exige dos foragidos da graça, tudo se facilita aos desejos da carne e do pecado; mas viajar para Nínive é mais difícil, a estrada não possui atrativos que seduzam; tem obstáculos que, se vencidos, desvendam as maravilhas do país dos domínios da fé.

O que os homens ignoram é que aos navios de Tarsis está, reservada uma desagradabilíssima surpresa como a que Jonas experimentou. Quando anunciarem que tudo é paz e segurança, eis que a tempestade se levanta, o mar agita-se enfurecido; o navio ameaça naufragar, e naufraga se não lançarem ao mar a carga de pecadas. Se a obstinação persistir, os tripulantes tem diante de si a morte.

Foi isso exatamente o que aconteceu a Jonas. Quando estava no navio em que se escondera, para fugir de Deus, uma tempestade envolveu a nau e ameaçou tragar todos quantos nela estavam. Fugir de Deus é desobedecer ; desobediência é subversão da ordem; subversão da ordem é caos e desordem, é naufrágio e perdição.

Jonas tentou fugir de Deus. Pensou que Deus estava em Jope onde lhe falara, mas que não estaria em Tarsis para onde determinou fugir. Mas Deus estava em Nínive, em Tarsis, no Navio, estava até no fundo do mar. Se Jonas tomasse as asas da alva e fosse habitar nas extremidades do mar, ali a mão do Senhor o alcançaria. Se subisse até ao céu, ali encontraria o trono de Jeová. Mesmo que armasse seu leito na cova mais es¬cura e mais profunda, ainda ali a luz de Deus o alcançaria .

Insensatez pensar ser possível fugir da presença de Deus. Homens fugindo de Deus é tragédia das almas que o pecado acorrentou e cegou para não verem que Deus está presente em toda a parte. Multidões fugindo de Deus enchem as estradas rumo ao ateismo e perdição.

Milhares e milhões de pessoas de todas as classes, vivem enganadas pelo Diabo que lhes promete aventu¬ras e prazeres na viagem para Tarsis, mas em verdade, o que surge após um período de gozo carnal, é uma borrasca que Satanás não pode acalmar, Satanás promete tudo, mas nada mais faz do que acumular ventos que provocam tempestades de resultados fatais.

Homens que fugis de Deus, despertai do engano em que mergulhaste.' Reconhecei a realidade da vossa condição: Fugi da estrada do pecado, abandonai os na¬vios de Tarsis, cujo prazer é um tóxico que mata.

Basta de fugir, voltai ao vosso Deus e vivei a vida de fé e ajudai outros a voltar também?

Vós que fugis de Deus sem de tal coisa vos aperceberdes, sabei que o mundo em que viveis não é vosso. O tempo que dissipais em loucuras está nas mãos de Jeová. O ar que respirais é um favor que o Senhor con¬cede e a saúde que gozais é um dom do Pai celestial. Se Deus se irasse contra vós, serieis devorados. Por que fugis de Deus?
O dia vem, quando a corrida da morte terminará, tereis então de comparecer ante o tribunal de Cristo, quer isto vos desgoste ou vos desagrade. É uma lei inflexível que Deus estabeleceu que depois da morte se¬gue-se o juízo, do qual ninguém escapará.

Estás vivendo como os que fogem de Deus? Deus está em toda a parte, porque enganas a ti mesmo? Vem, segue ao Senhor e bem irá a tua alma. Não fujas de Deus

Fonte: Nos Domínios da Fé - Emílo Conde

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ao Pastor Sóstenes



Pb. Efigênio, Pr. Sóstenes, Evangelista Paulo Souza e Sávio André

"Missão se faz com os pés que vão, com os joelhos que oram e com as mãos que contribuem" - Declarou a missionária Fátima (África). É isso que está fazendo a Igreja Evangélica Assembleia de Deus Novo Dia no Plano Piloto no Distrito Federal, a 49 anos. A igreja  está sob a responsabilidade do Pastor Sóstenes Apolos da Silva. Fiquei sobremaneira maravilhado em ver o dinamismo, sobretudo o excelente trabalho missionário realizado pelos servos de Deus em diversos países. Achei de tamanha importância  o culto dos militares, tal como a mostra de missões. O que muito me tocou é ver a  que a igreja respira missão". disse Sávio André. Meus parabéns ao amado Pastor Sóstenes e sua equipe. Que as bênçãos do Senhor possam está sobre os servos de Deus neste lugar. Um cordial abraço a todos.

Pb. Efigênio Hortêncio
Setembro de 2011

                                          Separação do irmão Paulo Souza para Evangelista