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terça-feira, 29 de junho de 2010

Lção 01: O Ministério Profético no Antigo Testamento



Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia, 49
Viçosa - Alagoas

INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos, na Escola Bíblica Dominical, o ministério profético na Bíblia. As lições a serem estudadas visam orientar a respeito da natureza profética da fé judaico-cristã. Diferentemente de profissões de fé, que se baseia na experiência (misticismo) ou na razão (deísmo), o judaísmo e o cristianismo se fundamentam na palavra profética (revelação). Durante as aulas, atentaremos para o caráter profético da fé judaico-cristã, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Na aula de hoje, analisaremos panoramicamente o ministério profético no Antigo Testamento.

1. PROFETAS E PROFECIAS, DEFINIÇÕES
Profetizar, em hebraico, é nabá que pressupõe sempre uma atuação do Espírito de Deus. Essa palavra significa “anunciar” ou “declarar”. A atividade profética através do Espírito de Deus se manifestou, inicialmente, aos anciãos e reis de Israel (Nm. 11.5; I Sm. 10.5; 19.20), ainda que Abraão seja o primeiro na Bíblia a receber a denominação de profeta (Gn. 20.7). Deus é quem prepara os profetas e os comissiona para essa tarefa (Ex. 3.1-4; Is. 6; Jr. 1.4-19; Ez. 1-3; Os. 1.2; Am. 7.14,15). Nos dias de Samuel existia uma escola de profetas que deram ao ofício profético autoridade e perpetuidade (I Sm. 19.18-19; II Rs. 2.3-5; 4.38; 6.1). Os estudiosos fazem a diferença entre os profetas canônicos e não canônicos. Entre esses últimos estaria Micaias, em I Rs. 22.8, que profetizou contra o rei Acabe em Israel. Entre os canônicos, destacamos Jeremias e Ezequiel que denunciaram o pecado do povo de Judá (Jr. 19.14; 20.21; 26.9; Ez. 34.2) e das nações (Ez. 4.7; 6.2; 13.2; 21.2; 29.2; 36.6; 38.2; 39.1). Positivamente, os profetas visualizaram a reconstrução de Israel, em Ezequiel, a partir de um vale de ossos secos (Ez. 37.4) e Joel, antevendo a atuação do Espírito em uma era vindoura (Jl. 2.28). Profeta, em hebraico, é nabi, palavra formada a partir de nabá, utilizada para se referir ao ministério profético. O profeta do Senhor está comissionado a falar, a ser um porta-voz de Deus. O termo nabi também é utilizado no Antigo Testamento para os falsos profetas, os quais estão sujeitos ao julgamento divino, tais como os profetas de Baal (I Rs. 18.19; II Rs. 10.19).

2. O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO
O profeta do Antigo Testamento atua pelo Espírito Santo a fim de denunciar práticas que se opõem à vontade de Deus (Am. 8.4-6). O profeta manifesta a insatisfação do Senhor devido o ser humano ter se distanciado dEle e buscado alternativas inócuas (Jr. 2.12-13). O profeta tende à impopularidade, pois suas palavras costumam ser perturbadoras (Is. 49.2; Hc. 2.6,9 11-12; Is. 10.13; Jr. 8.9). A mensagem profética destoa dos valores comumente reconhecidos pela sociedade (Jr. 11.18; Is. 40.15,17; Jr. 4.23-26). O profeta vetero-testamentário é um iconoclasta, isto é, um destruidor de ídolos, sejam eles externos – os deuses pagãos – ou internos – produto da religiosidade judaica (Jr. 6.20; 7.21-23). Isso porque o profeta percebe, pela Palavra do Senhor, que a religiosidade, per se, manifestada na adoração do templo, era incapaz de manifestar uma fé genuína, na verdade, serviria apenas para ocultar a ausência de uma espiritualidade sadia (Jr. 7.4-15). Mas o profeta, em consonância com o Senhor, não é insensível à dor do povo, nem mesmo aos seus pecados (Ez. 18.23), sua meta principal é conduzi-lo ao restabelecimento espiritual (Is. 35.3). Para tanto, o profeta chama seus ouvintes à responsabilidade. Por causa disso, o profeta é obrigado a viver em solidão, e frequentemente, na miséria (Jr. 15.15; 20.9-18; Am. 5.10), mesmo assim, não pode fugir da responsabilidade para a qual foi comissionado (Ez. 2.4-6; 3.8,9; 33.6-7; Mq. 3.8; Jr. 2.19). Apesar de tudo isso, o profeta encontra satisfação no Senhor, nas Suas Palavras (Jr. 15.16).

3. MOISÉS E O MINISTÉRIO PROFÉTICO
Ainda que haja menção de Abraão como profeta (Gn. 20.7), é Moisés o primeiro profeta nacional de Israel. Esse homem de Deus fora chamado para retirar o povo de Israel do cativeiro egípcio. Durante a caminhada pelo deserto, no capítulo 11 de Números, há um registro da manifestação do Espírito Santo, fazendo com que os anciãos de Israel profetizassem. Depois de serem levados ao tabernáculo, os anciãos experimentaram um pentecoste no Antigo Testamento, ainda que, naquele momento, não tenha havido a manifestação de línguas, como em Atos 2. Mas, do mesmo modo, o Espírito Santo atuou entre os israelitas, e esses passaram a profetizar (Nm. 11.25). Depois dos setenta anciãos, Eldade e Medade, não mais entre os setenta, mas no meio do arraial. A profecia desses foi censurada por alguns que assistiam no local. Um moço, não identificado pelo texto bíblico, se dirigiu a Moisés, para reclamar da profecia de Eldade e Medade. Josué, o auxiliar direto de Moisés, concordou com a reclamação do rapaz. Moisés, porém, foi sensível à atuação do Espírito Santo, e não censurou a profecia. Ao contrário, “porém Moisés lhe disse” que seria interessante que não apenas aqueles, mas que todo o povo de Israel profetizasse (Nm. 11.29).

CONCLUSÃO
Algumas lições podem ser extraídas dessa passagem bíblica: 1) é Deus, e não os homens, quem autentica a autoridade ministerial através do Seu Espírito; 2) o Espírito Santo opera como lhe apraz, pois Ele é Soberano; 3) as manifestações do Espírito Santo não são exclusividades da liderança; 4) os líderes verdadeiramente chamados por Deus não devem ter receio de perderem a função e nem viverem em competição uns com os outros; e 5) contanto que esteja em conformidade com a Palavra de Deus, não há motivos para temer a manifestação do Espírito Santo.

domingo, 27 de junho de 2010

Liçoes do 3º Trimestre de 2010



Comentário: Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico: Antônio Gilberto






Lição 1
O Ministério Profético no Antigo Testamento



Lição 2
A Natureza da Atividade Profética


Lição3
As Funções Sociais e Políticas da Profecia



Lição 4
Profecia e Misticismo



Lição 5
A Autenticidade da Profecia



Lição 6
Profetas Maiores e Menores


Lição 7
Os falsos Profetas



Lição 8
João Batista – O Último Profeta do Antigo Pacto


Lição 9
Jesus – O Cumprimento Profético do Antigo Pacto



Lição 10
O Ministério Profético no Novo Testamento



Lição 11
O Dom Ministerial de Profeta e o Dom de Profecia



Lição 12
O Tríplice Propósito da Profecia


Lição 13
A Missão Profética da Igreja

terça-feira, 1 de junho de 2010

Lição 10: O Valor da Temperança

Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia - 49
Viçosa Alagoas
Lição 10: O Valor da Temperança
I - INTRODUÇÃO:

TEMPERANÇA = DOMÍNIO PRÓPRIO, AUTOCONTROLE, MODERAÇÃO - Significa senhorio forte e pesado, capaz de controlar firmemente nossos pensamentos, ações, desejos e paixões.
Eis as virtudes dos recabitas! Apesar de não pertencerem ao povo de Israel, seu modo de vida serviu para repreender os contumazes filhos de Judá, que em nada diferiam das nações gentílicas. Que o Senhor nos ajude a trilhar caminhos retos e jamais nos desviar das sendas da justiça. Como os recabitas, sejamos constrangidos pelo Espírito de Deus a sermos o sal da terra e luz do mundo.
II - IGREJAS PARA TODOS OS GOSTOS:

O que assistimos nestes finais dos tempos é tão forte e corrupto que essa degeneração está adentrando nas Igrejas, deturpando o último reduto de seriedade e sobriedade que nos resta.
Estão tentando tirar a força doutrinária da cristandade no que se trata da moral, ética e principalmente da santidade que Deus exige - Hb 12:14; I Ts.4:13; 5:23.
Infelizmente estamos vendo Igrejas e mais Igrejas aparecerem com novas revelações e pseudos ensinamentos doutrinários. Senão, vejamos: Já existem Igrejas…
(1) - Para quem gosta de beber cerveja sem álcool;
(2) - Para quem gosta de fumar cigarro sem nicotina;
(3) - Para quem gosta de bigamia;
(4) - Para quem gosta de prostituir-se com a prática do homossexualismo ou o lesbianismo.
Enfim, tem “Igrejas” para todos os gostos; um verdadeiro menu de Igrejas!
O mais triste é que esses redutos heréticos se consideram cristãos e ainda se intitulam de evangélicos. É a famosa tática do diabo que diz: “Se não podemos com eles, juntemo-nos a eles”.
E uma das mais antigas heresias que vem confundindo os cristãos é: “BEBER NÃO É PECADO”.
Mas, qual é a sorte dos que bebem em relação ao nosso Deus santo e amoroso?
Vejamos na Bíblia Sagrada alguns malefícios da bebida alcoólica:
A Bíblia descreve a histórias de vários homens que se envolveram com as bebidas alcoólicas. Alguns eram maus; outros, homens de fé e comissionados por Deus.
O fato de alguns desses homens terem bebido não nos coloca na liberdade de fazermos o mesmo.
O grande salmista Davi foi um homem ricamente abençoado e devemos fazer de tudo para sermos também chamados de “homens segundo o coração de Deus”.
Todavia, não devemos pensar em adulterar só porque a Bíblia relata essa triste fraqueza de Davi. Deus permitiu e relatou o fato para que tirássemos lições e não fizéssemos o mesmo.
(A) - O CASO DE NOÉ: Gn 9:20-27 - Ele plantou uma vinha, fez a vindima, fez vinho embriagante e bebeu. Isso o levou à embriaguez, à imodéstia, à indiscrição e à tragédia familiar em forma de uma maldição imposta sobre Canaã.
(B) - O CASO DE LÓ E SUAS DUAS FILHAS: Gn 19:31-38 - Nos tempos de Abraão, o vinho embriagante contribuiu para o incesto que resultou na gravidez das filhas de Ló.
(C) - O CASO DOS FILHOS DE ARÃO: Lv 10 - Nadabe e Abiú entraram no Templo com seus incensários; por terem bebido bebidas fortes (Lv 10:8-9), saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu. Deus ainda chamou os seus sacrifícios de “fogo estranho”.
(D) O CASO DOS PROFETAS E SACERDOTES NA ÉPOCA DE ISAÍAS: Is 28:7 - Há uma descrição da iniqüidade de Israel em termos de conduta reprovável e vergonhosa, como resultado do uso de bebida forte. Tanto o povo, quanto os líderes religiosos tinham trocado a verdade e a justiça pela imundície e confusão (Am 4.1; 6.1, 6).
(E) - O CASO DA EMBRIAGUEZ DOS CORÍNTIOS: I Cor 11:17, 21, 29-30 - A Igreja que Paulo havia recém-formado em Corinto estava, por falta de conhecimento, cometendo alguns sacrilégios. Usavam vinho fermentado na Santa Ceia, desagradando a Deus e ao apóstolo, visto que esse proceder não era digno de nenhum louvor, mas, sim, de grande vergonha. Isso foi chamado de comer e beber indignamente. Foi causa de mortes prematuras de alguns cristãos. Esse é o lucro de uma Igreja que deixa que se introduza tamanha maldade em seu meio.
(F) - O CASO DA BEBIDA ALCÓOLICA NA IGREJA DE ÉFESO: Ef 5:18 - Na Igreja dos efésios havia, provavelmente, um grupo de crentes que não haviam recebido o batismo com o Espírito Santo e Paulo descreve o motivo. Esse grupo de irmãos achava normal beber e ser cristão, mas a prova que isso é impossível é bradada por Paulo: “não vos embriagueis”.
De forma figurada, dizem que uma pessoa bêbada é possuída por três espíritos:
(1) - O “ESPÍRITO DO MACACO”, pois faz “palhaçada” para os outros rirem;
(2) - O “ESPÍRITO DO LEÃO”, porquanto a pessoa embriagada quer encarar qualquer adversário: pode ser em maior número e muito mais forte do que ele no porte físico;
(3) - O “ESPÍRITO DO PORCO”, posto que onde o embriagado cair (no esgoto, no vômito, no lixo…) ali permanecerá, até que passe o efeito do álcool.
Mas o verdadeiro servo de Deus deve “ENCHER-SE DO ESPÍRITO DO SENHOR”! E o Espírito de Deus não permanece onde há sujeiras e embriaguez.
Logo, como servos de Deus, devemos fugir daquelas coisas que, apesar de aparentemente lícitas, têm trazido tantas desgraças. Não foi isso o que o apóstolo disse aos irmãos em Corinto?
Infelizmente, há crentes que buscam na Bíblia respaldo para o seu alcoolismo e outras imoderações (falta de temperança), esquecendo-se de uma das recomendações bíblicas: Pv 23:31; I Pe 3:11
III - REFERÊNCIAS BÍBLICAS QUE ADVERTEM CONTRARIAMNETE AO ALCOOLISMO E À BEBEDICE:

É uma das obras da carne - Gl 5:21;
É loucura deixar-se dominar pela bebedice - Pv 20:1;
Devemos evitar os viciados na bebedice - Pv 23:20; I Cor 5:11;
Conduz à pobreza - Pv 21:17; 23:21;
Conduz à contenda, aos lamentos e à tristeza - Pv 23:29-30;
Inflama os sentidos, havendo denúncias contra os viciados na bebedice - Is 5:11-12; 28:1-3
Os falsos mestres são adeptos da bebedice - Is 56:12;
Os ímpios são adeptos da bebedice - Dn 5:1-4;
Tira o entendimento - Os 4:11;
Conduz à zombaria - Os 7:5;
Denúncias contra os que encorajam tal vicio - Hc 2:15-16;
Conduz à vida de orgias - Rm 13:13;
A bebedice tem o seu castigo: exclui do céu - (Dt 21:18-21; Jl 1:5-6; Am 6:6-7); (I Cor 6:10; Gl 5:21; Mt 24:48-51)
IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

À semelhança dos recabitas, temos que viver de acordo com os princípios que nos transmitiram os profetas e apóstolos. Caso contrário, jamais convenceremos o mundo da veracidade da Palavra de Deus. Por causa de testemunhos levianos e sem profundidade, o nome de Cristo é vilipendiado e lançado a um crônico descrédito.
Mas, será possível vivermos como os recabitas? A resposta é: “Sim!”. O mesmo Deus que fortaleceu os filhos de Recabe, continua conosco e, por intermédio do Espírito Santo, assiste-nos em todas as fraquezas.
Que o exemplo dos filhos de Recabe fique gravado em nossas almas para que o glorioso nome do Senhor seja por nós honrado e glorificado para todo sempre